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ACESSO<br />
A DADOS<br />
O<br />
acesso aos dados do veículo é, provavelmente, a tendência inovadora que mais poderá incidir no<br />
pós-venda a curto prazo. Na verdade, a utilização da informação gerada pelos veículos pode<br />
representar uma verdadeira revolução. Entre outras razões, devido à possibilidade de permitir a<br />
oferta de serviços adicionais aos utilizadores para que a experiência destes seja mais completa e<br />
personalizada.<br />
De acordo com um estudo da consultora McKinsey, a faturação no pós-venda pode duplicar com estes serviços<br />
ligados à análise destes dados. Um em cada cinco automóveis estará conectado em 2020. No ano de 2030, este<br />
novo nicho de mercado poderá gerar um negócio de até 640 mil milhões de euros a nível mundial. Os agentes<br />
que conseguirem aproveitar as oportunidades de lucrar com os dados, terão uma posição de vantagem, assinala<br />
o estudo, mas a estimativa é que apenas metade será assegurada pelos fornecedores tradicionais.<br />
As marcas dos veículos partem com vantagem, pois são elas quem fabrica e comercializa o automóvel. E os dados<br />
vão permitir melhorar a qualidade dos seus produtos e a eficiência operacional, inovar na procura de novos serviços,<br />
conhecer melhor os clientes, estabelecer uma integração digital com outros agentes e disponibilizar uma<br />
manutenção preditiva. Além do mais, as marcas de automóveis estão a fazer lóbi para restringir a informação,<br />
alegando a proteção dos cidadãos. Está em jogo a comunicação direta com o condutor<br />
para, a partir da análise dos dados, antecipar as necessidades do<br />
veículo e propor diferentes opções de manutenção mediante uma<br />
comunicação direta através do próprio veículo.<br />
Nesse sentido, os restantes agentes da cadeia de valor, fabricantes<br />
de componentes e distribuição principalmente, terão de dar<br />
um passo à frente para que esse mercado seja transparente e<br />
de acesso aberto, de modo a que exista livre concorrência. Este<br />
passo está a ser dado em diversas frentes através de associações<br />
do setor, com o desenvolvimento de uma plataforma tecnológica<br />
que permita o acesso aos dados do veículo a todos os operadores<br />
do mercado em igualdade de circunstâncias, garantindo a segurança<br />
tanto dos dados como do próprio veículo.<br />
Em qualquer caso, existe alguma incerteza quanto à evolução<br />
do enquadramento legal no que respeita à propriedade, à<br />
gestão e à cedência dos dados. Sem esquecer o papel que<br />
as administrações públicas podem desempenhar, não só<br />
como agentes regulamentares, criando o enquadramento<br />
legal dos dados, tanto da recolha como da sua gestão e<br />
exploração, mas, também, como recetores privilegiados<br />
dessa informação, serão, provavelmente, parceiros essenciais<br />
para muitas <strong>das</strong> estratégias dos fabricantes de<br />
veículos.<br />
A chave é como nos devemos posicionar para sermos<br />
intervenientes relevantes e, mais importante ainda,<br />
como rentabilizar essa gestão dos dados. O que<br />
parece ser evidente é a necessidade de estabelecer<br />
alianças com parceiros tecnológicos. Mas a questão<br />
essencial é saber se será possível concorrer em<br />
igualdade de circunstâncias. l<br />
João Vieira | Diretor