produto DESDE QUE INICIOU O FABRICO DE SONDAS LAMBDA, NO INÍCIO DE 2000, A FAE NÃO TEM PARADO DE FAZER EVOLUIR ESTE COMPONENTE, QUE TEM COMO PRINCIPAL FUNÇÃO REDUZIR A EMISSÃO DOS GASES DE ESCAPE
SONDAS LAMBDA FAE EVOLUÇÃO CONTÍNUA A EVOLUÇÃO DAS SONDAS LAMBDA É CONSIDERÁVEL, DESTACANDO-SE A INTRODUÇÃO DAS “VERSÕES” AQUECIDAS, O APARECIMENTO DAS VARIANTES DE BANDA LARGA E O DESENVOLVIMENTO DA TECNOLOGIA PLANAR, NO QUAL A FAE APOSTOU MUITO FORTE, VISTO QUE, DESDE HÁ ANOS, A TEM DESENVOLVIDO por João Vieira A FAE fabrica son<strong>das</strong> Lambda há mais de duas déca<strong>das</strong> na sua fábrica de Barcelona. To<strong>das</strong> as referências já estão disponíveis no TecDoc, onde a FAE é certificada como fornecedor de dados “Classe A”, bem como no catálogo online deste fabricante espanhol especialista em componentes elétricos e eletrónicos. É importante saber que as primeiras son<strong>das</strong> Lambda não eram aqueci<strong>das</strong> e tinham um tempo de resposta útil superior a 120 segundos. Isto significa que, desde que se punha o veículo a trabalhar, a ECU não recebia uma leitura clara até terem passado dois minutos, quando o motor frio polui mais. De forma genérica, pode dizer-se que, durante todos estes anos, foi-se procurando melhorar a velocidade, a estabilidade e a precisão da resposta da sonda Lambda, independentemente do regime do motor e um menor tempo de colocação em funcionamento, ou seja, o tempo que o sensor demora a alcançar a temperatura de trabalho, como, também, a sua resistência e durabilidade. Tipos de son<strong>das</strong> lambda Primeiro, as son<strong>das</strong> de zircónio. Tratam-se de son<strong>das</strong> Lambda binárias, fabrica<strong>das</strong> com cerâmica composta por dióxido de zircónio ou zircónia, que contêm um eletrólito sólido que proporciona uma tensão elétrica que se obtém por comparação de duas atmosferas (os gases de escape, por um lado, e o ar exterior, por outro). É sensível à concentração de oxigénio nos gases de escape. As misturas ricas em combustível produzem uma tensão alta e as misturas pobres produzem uma tensão baixa, dando, assim, uma resposta binária on-off com apenas dois valores: 0 ou 1, facilmente interpretável pela eletrónica. Son<strong>das</strong> lambda de titânio Nas son<strong>das</strong> de titânio, o sensor é constituído por um elemento cerâmico de dióxido de titânio. Ao contrário <strong>das</strong> son<strong>das</strong> Lambda basea<strong>das</strong> em dióxido de zircónio, estas não geram qualquer tensão e o material sensor encontra- -se submerso nos gases de escape, sem necessitar de ar exterior. Estas son<strong>das</strong> incluem sempre um aquecedor e, a alta temperatura, a resistência deste material é sensível à variação da concentração de oxigénio nos gases de escape. Para uma mistura rica, a resistência desce para valores mínimos e, para uma mistura pobre, sobe para valores máximos. A ECU alimenta a sonda Lambda com uma tensão fixa e lê a resposta da sonda Lambda através de um circuito divisor de tensão. Son<strong>das</strong> lambda de banda larga Ao contrário <strong>das</strong> son<strong>das</strong> Lambda de zircónia binárias, as de banda larga proporcionam uma resposta contínua, não binária, perante o valor Lambda detetado. Por este motivo, medem com grande exatidão a composição dos gases de escape, o que também as torna adequa<strong>das</strong> para motores a gasolina e Diesel. Estas contêm duas células eletroquímicas que trabalham de forma paralela. Uma delas mede o carácter rico ou pobre da mistura de gases, de forma similar às son<strong>das</strong> Lambda binárias. A outra célula eletroquímica reage condicionada pelo sinal da primeira célula e pela quantidade de oxigénio no gás de combustão. O funcionamento conjunto de ambas as células proporciona uma corrente elétrica positiva para misturas pobres, negativa para misturas ricas e nula para o caso de uma mistura perfeita ou estequiométrica. A corrente gerada pelas son<strong>das</strong> Lambda de banda larga é calibrada e, além disso, deve ser transformada em tensão para que possa ser lida pela ECU do veículo. Por estes motivos, a sonda integra uma resistência de calibragem no conector. Esta resistência é diferente para cada sonda Lambda, pelo que não se deve, em caso algum, substituir uma sonda Lambda por outra cortando os cabos. l www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Dezembro I 2019 47