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7. Origem - Dan Brown

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O que quer que fossem as “revolucionárias tecnologias proprietárias”, sem dúvida ele estivera

disposto a abrir as portas para um admirável mundo novo na interação entre seres humanos e

computadores.

Esta noite Winston havia se mostrado um servidor fiel de seu criador, além de inestimável aliado de

Langdon e Ambra. Em questão de minutos tinha descoberto uma ameaça na lista de convidados, tentado

impedir o assassinato de Edmond, identificado o carro da fuga e facilitado a saída de Langdon e Ambra

do museu.

– Espero que Winston tenha ligado para alertar os pilotos de Edmond – disse Langdon.

– Tenho certeza de que ligou. Mas você está certo. Eu deveria telefonar para o Winston e checar.

– Espere aí. – Langdon ficou surpreso. – Você pode telefonar para o Winston? Quando saímos do

museu e ficamos fora da área de cobertura, pensei…

Ambra riu e balançou a cabeça.

– Robert, Winston não está localizado fisicamente dentro do Guggenheim; está numa instalação

secreta em algum lugar e é acessado remotamente. Você acha mesmo que Edmond criaria algo como

Winston e não poderia se comunicar com ele quando quisesse, de qualquer lugar no mundo? Edmond

falava com Winston o tempo todo. Em casa, viajando, quando saía para passear. Os dois podiam se

conectar a qualquer momento com um simples telefonema. Já vi Edmond conversar durante horas com

Winston. Edmond o usava como secretário pessoal, para fazer reservas em restaurantes, coordenar ações

com seus pilotos, na verdade para fazer qualquer coisa necessária. De fato, quando estávamos montando

a apresentação no museu, eu falava frequentemente com Winston pelo meu telefone.

Ambra enfiou a mão no bolso da casaca de Langdon e tirou o telefone de Edmond, ligando-o.

Langdon o havia desligado no museu para economizar a bateria.

– Você deveria ligar seu telefone também – disse ela –, para que nós dois tenhamos acesso a Winston.

– Você não se preocupa em ser rastreada se ligarmos?

Ambra balançou a cabeça.

– As autoridades não tiveram tempo para conseguir a ordem judicial necessária, por isso acho que

vale o risco. Especialmente se Winston puder nos atualizar sobre o progresso da Guardia e a situação no

aeroporto.

Em dúvida, Langdon ligou o telefone. Enquanto a tela inicial se materializava, franziu os olhos para a

luz e sentiu uma pontada de vulnerabilidade, como se tivesse ficado instantaneamente localizável para

cada satélite no espaço.

Você andou vendo filmes de espionagem demais, disse a si mesmo.

De repente seu telefone começou a emitir bipes e a vibrar enquanto uma quantidade de mensagens

jorrava. Para sua perplexidade tinha recebido mais de 200 mensagens de texto e e-mails desde que havia

desligado o telefone.

Enquanto examinava a caixa de entrada, viu que todas as mensagens eram de amigos e colegas. Os

primeiros e-mails tinham cabeçalhos parabenizando-o – Grande palestra! Mal acredito que você está

aí! –, mas então, de repente, o tom se tornara ansioso e profundamente preocupado. Havia, inclusive uma

mensagem do seu editor, Jonas Faukman: MEU DEUS – ROBERT, VOCE ESTÁ BEM??!! Langdon nunca vira seu

erudito editor empregar palavras inteiramente em maiúsculas nem pontuação dupla.

Até agora Langdon estivera se sentindo maravilhosamente invisível na escuridão das vias aquáticas

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