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7. Origem - Dan Brown

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C A P Í T U L O 8 8

Em menos de quatro minutos, pensou Langdon, sentando-se na cadeira de escritório e

examinando os três enormes painéis de LCD que dominavam esta extremidade da sala. Na tela, as

imagens das câmeras de segurança continuavam aparecendo, mostrando a polícia ao redor da capela.

– Tem certeza de que eles não podem entrar? – insistiu Ambra, remexendo-se, ansiosa, atrás de

Langdon.

– Confiem em mim – respondeu Winston. – Edmond levava a segurança muito a sério.

– E se eles cortarem a energia do prédio? – perguntou Langdon.

– O fornecimento de eletricidade é isolado – respondeu Winston sem rodeios. – Troncos redundantes

enterrados. Nesse ponto ninguém pode interferir, garanto.

Langdon não pensou mais nisso. Winston esteve correto em todas as frentes… E se manteve na

retaguarda o tempo inteiro desde que tudo isso começou.

Acomodado no centro da mesa em forma de ferradura, Langdon voltou a atenção para o teclado

incomum à sua frente. Tinha pelo menos o dobro do número normal de teclas – as alfanuméricas

tradicionais e uma variedade de símbolos que nem ele reconhecia. O teclado era dividido ao meio, cada

metade ergonomicamente em ângulo com relação à outra.

– Alguma orientação aqui? – perguntou Langdon, olhando a quantidade espantosa de teclas.

– Teclado errado – respondeu Winston. – Esse é o ponto de acesso principal do E-Wave. Como

mencionei, Edmond mantinha a apresentação escondida de todo mundo, inclusive de mim. Ela deve ser

iniciada a partir de outra máquina. Vá para a direita. Até o final.

Langdon olhou para a direita, onde meia dúzia de computadores estava alinhada ao longo da mesa.

Enquanto deslizava a cadeira até eles, ficou surpreso ao ver que as primeiras máquinas eram bem antigas

e ultrapassadas. Estranhamente, quanto mais se afastava, mais antigas as máquinas pareciam.

Isso não pode estar certo, pensou, passando por um sistema IBM DOS pesadão e bege que devia ter

décadas de idade.

– Winston, o que são essas máquinas?

– Os computadores da infância de Edmond. Ele os guardou como lembrança de suas raízes. Às vezes,

nos dias difíceis aqui, ele os ligava e rodava programas antigos, para se reconectar com o assombro que

sentiu quando criança, ao descobrir a programação.

– Adoro essa ideia – disse Langdon.

– Como o seu relógio do Mickey Mouse – sugeriu Winston.

Espantado, Langdon olhou para baixo, puxando a manga da casaca para revelar o relógio antigo que

ele usava desde que o havia ganhado, na infância. O fato de Winston saber sobre o relógio era

surpreendente, se bem que Langdon se lembrava de ter contado recentemente a Edmond que o usava como

um lembrete para permanecer jovem no coração.

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