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7. Origem - Dan Brown

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para ler em formato de e-book, de modo que nós dois pudéssemos discutir o conteúdo. Acho que era um

exercício muito mais para a minha formação do que para a dele. Infelizmente não tenho toda a coleção

catalogada, portanto o único modo de você encontrar o que está procurando será através de uma busca

física.

– Sei.

– Enquanto você procura, acho que há uma coisa que pode interessar: notícias novas de Madri, sobre

seu noivo, o príncipe Julián.

– O que está acontecendo?

Ambra parou abruptamente. Suas emoções ainda estavam abaladas devido ao possível envolvimento

de Julián no assassinato de Kirsch. Não há prova, lembrou. Nada confirma que Julián tenha ajudado a

colocar o nome de Ávila na lista de convidados.

– Acabam de informar sobre uma manifestação barulhenta na frente do Palácio Real – disse Winston.

– As evidências continuam a sugerir que o assassinato de Edmond foi planejado em segredo pelo bispo

Valdespino, provavelmente com a ajuda de alguém de dentro do palácio, talvez até mesmo o príncipe. Os

fãs de Kirsch estão protestando. Dê uma olhada.

O smartphone de Edmond começou a passar um vídeo com manifestantes furiosos junto aos portões

do palácio. Um deles carregava um cartaz onde estava escrito em inglês: PÔNCIO PILATOS MATOU O

PROFETA DE VOCÊS – VOCÊS MATARAM O NOSSO!

Outros carregavam lençóis pintados com tinta spray onde se lia um grito de batalha – APOSTASÍA! –,

acompanhado por um logotipo que estava sendo pintado com frequência cada vez maior nas calçadas de

Madri.

A apostasia tinha se tornado um tema popular para a juventude liberal da Espanha. Renuncie à Igreja!

– Julián já fez alguma declaração? – perguntou Ambra.

– Esse é um dos problemas. Não há nenhuma palavra de Julián, nem do bispo, nem de ninguém do

palácio. O silêncio contínuo deixou todo mundo desconfiado. As teorias conspiratórias estão correndo

soltas, e agora a imprensa nacional começou a perguntar onde você está e por que também não fez nenhum

comentário público sobre a crise.

– Eu?!

Ambra estava aterrorizada com esse pensamento.

– Você testemunhou o assassinato. É a futura rainha consorte e é o amor do príncipe Julián. O público

quer ouvi-la dizer que tem certeza de que Julián não está envolvido.

O instinto de Ambra dizia que Julián não poderia ter sabido do assassinato de Edmond. Quando

pensava no namoro dos dois, lembrava-se de um homem terno e sincero – reconhecidamente ingênuo e

impulsivamente romântico –, mas sem dúvida não de um assassino.

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