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7. Origem - Dan Brown

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C A P Í T U L O 4 2

Enquanto o Gulfstream G550 subia até a altitude de cruzeiro, Robert Langdon olhava,

sem expressão, pela janela oval e tentava organizar as ideias. As últimas duas horas tinham sido um

redemoinho de emoções – desde a empolgação de assistir ao início da apresentação de Edmond até o

horror dilacerante de ver seu assassinato medonho. E o mistério da apresentação só parecia se

aprofundar à medida que Langdon pensava nela.

Que segredo Edmond descobriu?

De onde viemos? Para onde vamos?

As palavras de Edmond na escultura espiral, mais cedo, retornaram à mente de Langdon: Robert, a

descoberta que eu fiz… responde claramente a essas duas perguntas.

Edmond tinha dito que resolvera dois dos maiores mistérios da vida. No entanto, pensou Langdon,

como a notícia poderia ser tão perigosamente incômoda a ponto de alguém tê-lo assassinado para manter

tudo em segredo?

Só tinha certeza de que Edmond estava se referindo à origem e ao destino dos seres humanos.

Que origem chocante Edmond descobriu?

Que destino misterioso?

O ex-aluno tinha se mostrado otimista e animado com relação ao futuro, assim parecia improvável

que sua previsão fosse algo apocalíptico. Então o que Edmond poderia ter previsto que preocupasse

tanto os clérigos?

– Robert? – Ambra se materializou perto dele com uma xícara de café quente. – Você disse que queria

puro?

– Perfeito, obrigado.

Langdon aceitou a xícara, agradecido, esperando que um pouco de cafeína ajudasse a desatar seus

pensamentos embolados.

Ambra sentou-se diante dele, pegou uma garrafa elegantemente ornamentada e se serviu de uma taça

de vinho tinto.

– Edmond carrega um estoque de Château Montrose a bordo. É uma pena desperdiçar.

Langdon tinha provado o Montrose uma vez, numa antiga adega secreta sob o Trinity College em

Dublin, enquanto pesquisava o manuscrito com iluminuras conhecido como Livro de Kells.

Ambra segurou a taça com as duas mãos e, enquanto a levava aos lábios, olhou para Langdon por

cima da borda. De novo ele se pegou estranhamente desarmado pela elegância natural daquela mulher.

– Andei pensando – começou ela. – Você disse antes que Edmond esteve em Boston e perguntou sobre

várias histórias da Criação?

– É, há cerca de um ano. Ele estava interessado nos diferentes modos pelos quais as principais

religiões responderam à pergunta: “De onde viemos?”

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