NOREVISTA JULHO 2020
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R E P O R T A G E M<br />
médio das águas dos oceanos, e isto signica<br />
uma erosão costeira muitíssimo mais intensa,<br />
porque à medida que o nível sobe, mesmo alguns<br />
centímetros, todo o ecossistema é afetado. Este<br />
aspeto nos transcende, mas vivendo em ilhas nós<br />
sabemos exatamente o quão expostos estamos à<br />
ação do oceano. Relativamente aos ecossistemas<br />
costeiros, é evidente que as zonas rochosas terão<br />
um comportamento e uma resiliência maior do<br />
que zonas em que as costas sejam mais facilmente<br />
erodíveis”.<br />
Das emissões de dióxido de carbono a nível<br />
internacional, “cerca de 25% é para eletricidade e<br />
aquecimento”, sendo a maior parte, seguida pela<br />
Agricultura e Florestas e atividades associadas com<br />
24%, depois indústria com 21% e os transportes<br />
com 14%. “Se nós vamos aumentar a temperatura<br />
do ar a nível global isto signica que vamos ter<br />
épocas de mais calor, portanto, a qualidade de<br />
vida e o conforto ambiental que nós temos vai ser<br />
reduzido. É de admitir que seja necessário utilizar<br />
mais sistemas de produção de refrigeração de<br />
ar frio para nos criar conforto. Estamos, com as<br />
alterações climáticas, a contribuir para um maior<br />
consumo de energia para mantermos um certo<br />
conforto ambiental”, armou o Vice-presidente do<br />
Núcleo dos Açores da Quercus.<br />
“Está tudo ligado e as coisas acabam por afetar-se<br />
de uma maneira muito particular de uma forma<br />
conjuntural”, acrescentou.<br />
Segundo um modelo de simulação de aumentos de<br />
temperatura “prevê-se que os Açores possam vir<br />
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