SCMedia News | Revista | Novembro 2020

SCM Supply Chain Magazine 57
O
trabalho da Bosch Industry Consulting
passa por ajudar as empresas ou fábricas
na transformação digital do processo
de produção e logística desde a definição
da orientação estratégica inicial até ao
planeamento e implementação das melhores
soluções, direccionando as empresas para a
criação das fábricas inteligentes.
Os clientes deste serviço de consultoria
actuam em vários mercados, mas, segundo
Tiago Sacchetti, “a mobilidade e os bens de
consumo são predominantes”. Ainda assim, as
metodologias da empresa são desenvolvidas,
testadas e melhoradas em fábricas que
produzem tipicamente produtos discretos, ou
seja, dos quais se vendem unidades separáveis
em oposição, por exemplo, à produção de
energia. “Há também algumas excepções
e, no caso específico da definição de uma
visão de fábrica inteligente, as ferramentas
e metodologias que permitem definir uma
cadeia de valor digitalizada e o consequente
programa de transformação, não dependem
significativamente do tipo de produção pelo
que também temos clientes de indústrias não
discretas com quem trabalhamos”, refere.
O processo adoptado pela Bosch Industry
Consulting inicia-se com a definição do desfio
ou problema, que levará à elaboração de uma
proposta de trabalho detalhada. Esta fase
inclui, muitas vezes, uma análise ‘in loco’ das
operações de forma a melhor poder quantificar
o impacto da mudança que irão propor. Após
um acordo entre as partes relativamente a
objectivos, conteúdo e valor da proposta,
iniciam os trabalhos nas instalações do
cliente. A partir daí seguem-se todas as fases
e processos de um projecto, dependendo da
sua complexidade e dimensão, como conta o
responsável.
(Os clientes deste serviço de
consultoria actuam em vários
mercados mas) a mobilidade e os
bens de consumo são predominantes
Tiago Sacchetti
Passo estratégico
Actualmente já existem muitas empresas a
trabalhar na transformação inteligente das
suas unidades de produção a nível global.
Os países mais industrializados são os que
avançam mais rapidamente, como é o caso
da Alemanha e da China. Se analisarmos a
selecção de fábricas inteligentes pelo World
Economic Forum verifica-se que cinco são
europeias, três são chinesas, (em que uma
é a da Bosch, em Wuxi), e a outra é norteamericana.
Relativamente a Portugal, já existe a
consciencialização, “o que é um bom passo,
mas neste momento falta-nos claramente
velocidade de transformação”, confessa Tiago
Sacchetti. O custo da conectividade industrial
é, por norma, uma barreira no momento
de investir devido ao seu custo elevado
quando comparado com o seu baixo valor
tangível. “Sabemos que essa conectividade
será a base de todos os benefícios da fábrica
inteligente, mas se continuarmos a apresentar
este argumento como um acto de fé, iremos
continuar a ter dúvidas e a adiar decisões”,
afirma. Para que as empresas industriais
possam tomar estas decisões de forma
consciente, a Bosch Industry Consulting
oferece um programa rápido de definição de