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Edição 24 - Revista Aquaculture Brasil

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gados neste estudo, foi possível coletar amostras das

refeições ingeridas pelos pacientes. Nestas constatou-se

a presença de compostos semelhantes à palitoxina

- toxina extremamente potente produzida por

microalgas e outros invertebrados. Visto que, uma

das complicações mais relatadas em envenenamento

por palitoxina, é a rabdomiólise, este fato sugere que

estes compostos tóxicos encontrados nas refeições,

desempenhem papel fundamental no desenvolvimento

da doença.

Para concluir, e com base no que se sabe até o

momento, a hipótese mais provável é a de que a Síndrome

de Haff é causada por toxinas estáveis ao calor

(ou seja, capazes de tolerar as altas temperaturas

do processo de cozimento), que se acumulam em

peixes e crustáceos, por transferência trófica ou seja,

pela cadeia alimentar.

Por fim, cabe lembrar que o fato de historicamente

serem observados casos da Síndrome de Haff não

somente no Brasil, mas em outros países, evidencia

que a doença não está ligada ao consumo de determinada(s)

espécie(s) de peixe, já que diferentes espécies

tanto de água doce como marinhas foram consumidas

em casos confirmados ao redor do mundo. Portanto,

a proibição do consumo desta ou daquela espécie de

peixe não parece fazer muito sentido, mas sim, conhecer

a procedência do pescado consumido.

JUL/SET 2021

*O estudo completo sobre os casos brasileiros da Síndrome de Haff, citado nesta coluna, está

disponível no link: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2667193X21000880 1.

PARCEIROS NA 24° ED:

79

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