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Lady Killers_ Assassinas Em Série - Tori Telfer

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05. Garota lamentável

John Newton finalmente percebeu que nunca

conseguiria uma narrativa de conversão imaculada de

Elizabeth. Ela não iria simplesmente cair de joelhos e

arrancar os cabelos por culpa. E assim, quando contou a

história de Elizabeth Ridgeway à sua congregação,

pediu desculpas pela “constituição lamentável e pelo

tema" de sua história. O tópico era desagradável —

“envenenamento horrível" —, e ele desejava

desesperadamente poder apresentar aos seus

paroquianos algum tipo de expiação final. Tentou ao

máximo fazer Elizabeth parecer verdadeiramente

arrependida, dizendo que ela chorou durante sua última

confissão e “sinceramente pediu-me para tornar

conhecida [sua confissão] como a verdade real" — mas

tudo isso era tão catártico quanto possível.

Infelizmente, o retrato de Newton de uma Elizabeth um

tanto penitente é contradito pelas ações finais dela. As

autoridades a mantiveram aprisionada na maior parte do

dia, esperando que confessasse mais assassinatos, mas ela

nada disse. Podia estar com medo de morrer, mas o medo

não a silenciou; quando Newton e outro clérigo se

ofereceram para ajudá-la na estaca, ela disse que não

precisava deles para qualquer tipo de intercessão divina,

pois era capaz de “ler e rezar tão bem quanto eles”. Uma

ávida multidão marcou presença para vê-la queimar,

ansiando por revelações de última hora, mas Elizabeth

desapontou a todos declarando que já havia confessado na

prisão e não repetiria nem acrescentaria mais nada.

Antes de sua execução, Elizabeth foi forçada a

testemunhar o suplício de dois irmãos — um último esforço

para aterrorizá-la e fazê-la admitir mais crimes. A um dos

irmãos foi oferecida uma terrível clemência: ele poderia sair

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