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Lady Killers_ Assassinas Em Série - Tori Telfer

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Quando elas estavam prontas para ceifar uma vida, as

irmãs ofereciam à infeliz vítima um copo de vinho misturado

com drogas. Conforme a presa ficava tonta e desorientada,

as irmãs e os maridos (e/ou os começavam o trabalho.

Supostamente, eles desenvolveram um eficiente sistema de

assassinato que produzia o mínimo de barulho e muito

pouco sangue: alguém enfiava um pano molhado na boca

da vítima; dois outros prendiam suas mãos e pés; o quarto a

estrangulava até a morte. (Quem, exatamente, estava

presente quando os assassinatos aconteceram? Embora

muita gente do círculo das irmãs tenha sido interrogada,

incluindo Amína bint Mansür e vários futuwwa, o tribunal

determinou que o esquadrão consistia de seis pessoas: as

irmãs, seus maridos, e dois futuwwa chamados ‘Urãbi

Hassan e ‘Abd al-Rãziq Yüsuf.)

As autópsias confirmaram em parte essa versão. O

patologista determinou que as vítimas eram (a) todas

mulheres, (b) entre vinte e cinquenta anos de idade e (c)

todas morreram de asfixia. Ele não encontrou nenhuma

evidência de corte ou espancamento e sugeriu que todas

mulheres tinham sido alcoolizadas antes de serem

sufocadas. O testemunho da filha de Raya também

corroborou isso; a garota alegou que viu seu pai, Hasab Allah,

misturando um pó branco nas bebidas antes de

oferecê-las às vítimas; aquilo fazia os estômagos delas

revirarem em agonia antes de finalmente desmaiarem. Até

o próprio Hasab Allah acabou admitindo que isso era

verdade.

Mas Hasab Allah e os outros homens acusados logo

foram se tornando coadjuvantes, conforme uma nação

chocada e horrorizada se concentrava em Raya e Sakina, as

irmãs mais mortais que já tinham visto. Aos olhos da classe

média do Egito, essas irmãs eram muito mais do que

criminosas: eram um símbolo óbvio de tudo o que estava

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