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Lady Killers_ Assassinas Em Série - Tori Telfer

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03. Dezessete garotas mortas

Perto do fim de 1920, a polícia começou a receber

queixas sobre um cheiro horrível que emanava da casa

de Raya. Os vizinhos sempre acharam um pouco

incomum ver a casa tomada por pesadas nuvens de

incenso, mas Raya prontamente lhes explicou que,

como seus clientes bebiam e fumavam muito, ela usava

incenso para mascarar o aroma da festança. A princípio,

os vizinhos acreditaram nela. Com o passar dos dias, no

entanto, perceberam algo que nem mesmo o incenso

podia disfarçar — um odor enjoativo, pesado e podre.

Um fato aparentemente sem relação ocorreu no início de

novembro. Uma casa na rua Makoris precisava de um novo

sistema de água e esgoto. Assim, a família proprietária do

imóvel pediu que o sobrinho, Ahmad, começasse a

construção. A visão de Ahmad era terrível, mas ele começou

o trabalho corajosamente, cavando o piso de um dos

quartos. Em pouco tempo, sua pá bateu em algo duro, e um

cheiro nojento se infiltrou no ar. Como Ahmad não

enxergava direito, ele se aproximou para arrancar o

desagradável objeto da terra — e se deu conta, para o seu

horror, que estava segurando um braço humano.

A polícia foi correndo até lá. (Bem, sabendo o que

sabemos agora sobre esses policiais, talvez “caminhando”

seja um verbo mais correto.) Ahmad lhes informou que a

última pessoa que habitara aquele quarto foi uma mulher

chamada Sakina, que havia sido despejada cerca de um

mês antes. Enquanto isso, outros policiais investigavam o

mau cheiro que vinha da casa de Raya, e, quando

encontraram a fonte do fedor — vários cadáveres

enterrados sob as tábuas do assoalho —, de repente as

irmãs se tornaram suspeitas.

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