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Lady Killers_ Assassinas Em Série - Tori Telfer

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03. “Não é febre o que eu tenho.”

Aos 37 anos, Mary Ann trabalhava aqui e ali. Via-se livre

de marido e filhos pela terceira vez em sua vida, e havia

rumores de que tinha ido morar com um marinheiro

musculoso para, mais tarde, roubar todos os seus bens

quando ele estava no mar. Mas não demorou muito para

que voltasse à vida doméstica. A casa era, afinal de

contas, seu campo de batalha, seu tatame de luta livre

— o lugar onde ela fazia o seu melhor e mais sangrento

trabalho. Ela representava o lado obscuro do ideal

feminino da era vitoriana: a ideia de que nada era mais

doce e mais puro do que uma boa mulher em casa.

Mary Ann começou a se corresponder com uma conhecida

dos seus dias de juventude — uma solteirona rica chamada

Margaret Cotton. Margaret tinha um irmão, Frederick Cotton,

um viúvo com dois filhos, e, como James Robinson,

precisava desesperadamente de uma governanta. A pobre

Margaret provavelmente achou que estava fazendo um

favor ao irmão enviando a qualificada e charmosa Mary Ann;

mas não tinha ideia dos horrores que estavam prestes a

recair sobre a família Cotton.

Mary Ann se tornou governanta de Frederick Cotton no

início de 1870 e, quatro semanas depois, sua amada irmã

Margaret estava morta. O dinheiro de Margaret foi direto

para as mãos do irmão, e dele direto para Mary Ann, que

em breve estaria grávida. Ela se casou com Cotton no

outono, embora ainda estivesse tecnicamente casada com

seu marido anterior. Mais tarde, este seria o único crime que

confessaria: bigamia. Algumas semanas após o casamento,

ela fez um seguro de vida para os filhos de Cotton.

Em 1871, os cinco se mudaram para West Auckland:

Mary Ann; Frederick Cotton; os filhos de Cotton, Frederick Jr.

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