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Lady Killers_ Assassinas Em Série - Tori Telfer

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história se transformou em um conto de fadas distorcido: a

princesa instável que não conseguiu encontrar o que

desejava, os pretendentes errados que não puderam

oferecer o que ela precisava.

Na prisão, Nannie manteve a marca registrada de seu

humor. Em maio de 1957, ela brincou: “Quando elas ficam

atarefadas na cozinha, eu sempre me ofereço para ajudar,

mas nunca me deixam trabalhar lá”. A imprensa, ainda

encantada, publicou a piada em larga escala. Após dois

anos trancafiada, no entanto, ela disse a um jornalista do

que havia perdido a vontade de viver. Queria ser julgada

novamente no Kansas ou na Carolina do Norte, locais onde

ela também havia sido acusada de assassinato. “Talvez me

deem a cadeira elétrica”, disse ela.

Infelizmente, a vida se estendeu sem rodeios para a

assassina, a quem ninguém levou a sério. Sete anos após

sua sentença, ela fingiu outro ataque cardíaco, que a tirou

da prisão, pelo menos momentaneamente. (Os médicos não

conseguiram encontrar nada de errado com ela. Vovó, sua

espertinha!) Dez anos depois de sua sentença, no dia 2 de

junho — o mesmo dia em que foi condenada à prisão

perpétua —, Nannie Doss morreu de leucemia.

Sua notoriedade já estava esgotada. As pessoas haviam

parado de prestar atenção anos antes. Manchetes a

chamaram de “Assassina de Marido” e “Envenenadora de

Companheiro” e “Matadora Confessa” ao anunciar sua

morte, pois seu nome, sozinho, já não era mais suficiente

para lembrar ao mundo por que alguém haveria de se

importar.

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