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Lady Killers_ Assassinas Em Série - Tori Telfer

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Killer TV

O apetite do ser humano pelo comportamento desviante

não é novo. De tabloides ilustrados às notícias mais

acessadas dos portais sobre crimes, o fascínio pelos

psicopatas continua contagiando a população — e já cravou

seu lugar na cultura pop.

No livro Fábrica de Vespas, de Iain M. Banks, o

protagonista e narrador, Frank, diz em determinado

momento que uma morte é sempre excitante porque faz

você perceber quão vivo e vulnerável está, mas quão

sortudo é. Talvez por isso a nossa curiosidade seja tão

atiçada por comportamentos criminosos como os de

assassinos em série: porque eles apelam para nosso instinto

de sobrevivência.

A existência de pessoas como Elizabeth Báthory e Darya

Saltykova mostra que assassinos em série não são um

fenômeno moderno, um subproduto da alienação urbana ou

da mídia violenta. Eles são gerados por todas as culturas e

sociedades, moldados pelas particularidades de cada

período e por fatores pessoais. Essas vastas características

tornam o assunto um prato cheio para a imaginação rolar

solta em um ambiente tão confortável e controlado quanto

uma sala de cinema.

Ainda que já tenham sido retratados em filmes como O

Gabinete do Dr. Caligari, de 1920, foi apenas por volta dos

anos 1980 que os assassinos em série se tornaram

praticamente um subgênero cinematográfico. O aumento da

atenção e escrutínio da mídia nos casos ajudou a propagar a

onda de medo e fascínio, e a busca por informações que

ajudassem a combater este comportamento se ampliou.

Década após década, novos casos e antigos mistérios

inspiram personagens fictícios que usam de maldade

desmedida, provocando curiosidade, pavor e rejeição ao

público. Seja em versões hollywoodianas banhadas de

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