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Lady Killers_ Assassinas Em Série - Tori Telfer

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atrocidades, ela deveria ter perdido a razão por alguma

outra coisa.

“Loucura”, na verdade, é uma explicação comum para

os crimes de Darya. Quando o povo de Moscou soube de

seus delitos, todos pensaram que ela era louca, e as

pessoas ainda hoje se perguntam a mesma coisa.

(Certamente, todos os assassinos em série da história foram

considerados loucos em algum momento. De que outra

forma explicar a violência empreendida repetidamente e

com extrema crueldade?) Mas, em vez de louca, Darya

parece terrivelmente lógica. O drama com o capitão

demonstra sua monstruosa habilidade de planejar, delinear

e racionalizar: comprou as matérias-primas corretas, revisou

seu plano quando necessário e negou sua culpa com

suavidade. Até mesmo a lógica por trás dos assassinatos de

servos era bastante consistente. Se um servo não fizesse a

limpeza de forma adequada, ele merecia morrer. Os servos

eram sua propriedade, e ela podia fazer avaliações de

desempenho. Tudo era perfeitamente razoável para Darya.

De qualquer forma, a loucura e a lógica sempre foram

primas. O escritor G.K. Chesterton certa vez falou sobre a

“exaustiva e lógica teoria do lunático”, dizendo que o louco

“não é impedido por um senso de humor ou por caridade”.

Darya com certeza não foi impedida pela caridade ou por

qualquer outra coisa. Se de vez em quando pensava em

explodir um ex-namorado, ela não queria saber se estava

fazendo alguma “loucura”. Ela simplesmente queria saber

se os corpos nus do seu ex-amante e de sua rival estavam

assando feito porcos em um espeto. Se dissesse aos servos

para fazerem alguma coisa, ela queria que a ordem fosse

cumprida, sem perguntas. Deus do céu! Será que ninguém

lhe dava ouvido?

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