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Lady Killers_ Assassinas Em Série - Tori Telfer

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04. Marianna Skublinska

Na virada do século XX, a Europa pareceu viver um

surto sem precedentes de assassinas em série. E é

estranho notar que praticamente a maioria delas se

perdeu nos registros históricos. Não conhecemos seus

crimes. Não sabemos seus nomes. Enquanto Jack, o

Estripador, H.H. Holmes, Henri Landru e dezenas de

outros homens tiveram seus nomes perpetuados na

história, mulheres como Esther Sarac, Julia Higbee,

Amelia Winters, Sophie von Mesko, Frau Kernaez,

Stojsits Kurjakow, Rosalie Schneider e Eva Micsik, só

para citar algumas, se perderam na escuridão do

tempo. Todas são contemporâneas de Jack, o Estripador,

mas apenas o sociopata londrino ganhou as páginas dos

jornais e o passaporte para o futuro.

Os horrendos crimes de Marianna foram descobertos no

início de 1890, quando bombeiros chegaram em uma casa

em chamas em Varsóvia. Em poucas horas, dezessete

cadáveres de bebês e crianças foram encontrados

espalhados e enterrados sob o piso do lugar.

Skublinska administrava um negócio próprio em que

pegava crianças pequenas para cuidar, e depois as

assassinava. Na Europa dos séculos XVIII e XIX, era muito

comum a prática de aceitar a custódia de uma criança ou

recém-nascido em troca de pagamento. Isso deu origem ao

termo em inglês Baby Farming [Agricultura de Bebês, em

tradução literal]. A maioria dos bebês era de mulheres

pobres que não podiam sustentar os filhos ou não

conseguiam lidar com a discriminação de serem mães

solteiras.

O incêndio, que chocou a sociedade da época, foi

causado por ela mesma para encobrir seus crimes e pegar o

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