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Lady Killers_ Assassinas Em Série - Tori Telfer

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01. Uma garota e seu castelo

Elizabeth Báthory se deu às armadilhas de uma vida

invejável. Ela nasceu em 7 de agosto de 1560, em um

dos mais poderosos clãs da Europa Central, herdeira de

uma riqueza absurda e um impecável pedigree

escolástico. Seus pais protestantes não pouparam

nenhuma despesa para dar à sua precoce filha uma

educação clássica. Ela falava não apenas húngaro e

eslovaco — a língua que a maioria de seus criados devia

falar —, mas também grego, latim e alemão.

Mas nem tudo estava bem no mundo da pequena Elizabeth.

Diversos rumores afirmam que, quando criança, ela sofreu

de terríveis crises epilépticas. Além disso, seus pais eram

primos. Como muitos formidáveis clãs da época, a família

Báthory tinha uma propensão à endogamia, o que,

historicamente, resultou em mais de um nobre nascido com

fraca constituição e inclinação à loucura.

A lenda diz que Elizabeth testemunhou coisas terríveis

durante a infância, como a horrível visão de um homem

sendo costurado ao estômago de um cavalo. Seu crime?

Roubo. De acordo com a história, a pequena Elizabeth

gargalhou de forma estridente ao ver a cabeça do

camponês saindo do corpo do animal. Muitas das anedotas

folclóricas sobre a sua infância são tentativas de explicar

seus crimes posteriores, mas, detalhes à parte, Elizabeth

provavelmente testemunhou um bocado de violência

quando criança. Naqueles tempos, era mais do que

aceitável bater nos criados — de acordo com a lei húngara,

os camponeses eram “propriedades” dos nobres —, e é

possível que Elizabeth também tenha presenciado algumas

execuções públicas ocasionais.

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