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Revista eMOBILIDADE+ #03

A revista eMobilidade + Dedica-se, em exclusivo, à mobilidade de pessoas e bens, nos seus vários modos de transporte (rodoviário, ferroviário, aéreo, fluvial e marítimo), conferindo deste modo espaço aos mais proeminentes “stakeholders” do setor, sejam eles indivíduos, empresas, instituições ou entidades académicas.

A revista eMobilidade + Dedica-se, em exclusivo, à mobilidade de pessoas e bens, nos seus vários modos de transporte (rodoviário, ferroviário, aéreo, fluvial e marítimo), conferindo deste modo espaço aos mais proeminentes “stakeholders” do setor, sejam eles indivíduos, empresas, instituições ou entidades académicas.

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ENTREVISTA<br />

Acácio Pires<br />

“Não se vêem políticas<br />

que promovam a mobilidade<br />

partilhada e o transporte público”<br />

Transição energética, mobilidade urbana, sustentabilidade,<br />

digitalização, energias alternativas, é vasto o léxico a que<br />

nos vamos habituando, em parte também por ser novidade<br />

no país, mas não estranho para os ambientalistas, para<br />

quem as preocupações já vêm de longe. Acácio Pires é um<br />

dos responsáveis pelas políticas da associação ambientalista<br />

zero e acredita que nem tudo o que se está a fazer é o mais<br />

correto. Admite que há sinais positivos, mas que também há<br />

muito atraso, falta de determinação política e débeis sinais<br />

de cooperação entre todos os agentes.<br />

Por Carlos Branco<br />

É urgente conter o<br />

esvaziamento dos centros<br />

urbanos e procurar melhores<br />

políticas de urbanização<br />

[Do muito que se fala dela] Eletromobilidade.<br />

Estamos no bom caminho?<br />

Estamos no início do caminho, pois o setor<br />

dos transportes teve uma evolução muito<br />

negativa nos últimos 30 anos, no ponto de<br />

vista do impacte ambiental e pelo aumento<br />

da emissões de gases com efeito de estufa, e<br />

em quase todas as áreas do setor. Em Portugal,<br />

descontando as emissões dos transportes<br />

marítimo e aéreo internacionais, representa<br />

28%, de acordo com os últimos dados, e sem<br />

tendência para diminuir, antes pelo contrário.<br />

Após a pandemia julgámos que poderia<br />

existir alguma inversão no setor, mas após<br />

2022 foram superadas as emissões registadas<br />

em 2019. O consumo de todos os combustíveis<br />

é já superior aos valores de 2019, o<br />

que é preocupante. O que está a acontecer,<br />

um pouco por todo o mundo, no setor dos<br />

veículos ligeiros, principalmente no maior<br />

mercado mundial, que é o chinês, está acima<br />

das expetativas, o que poderá contaminar de<br />

forma positiva o mercado global. Essa via da<br />

eletrificação do atual modelo de mobilidade<br />

- e que está a ser seguida pelas marcas -,<br />

não deixa de ser positiva, mas a mobilidade<br />

partilhada não tem a expressão desejada<br />

em Portugal nem se vêem políticas públicas<br />

que promovam a mobilidade partilhada e<br />

o transporte público. Acontece que temos<br />

um cenário mau nas áreas metropolitanas<br />

do Porto e Lisboa. Segundo os inquéritos<br />

20 e-MOBILIDADE + e-MOBILIDADE + 21

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