PME Magazine - Edição 30 - Outubro 2023
A edição de outubro da PME Magazine é dedicada à internacionalização.
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INVESTIMENTO<br />
desde início, ter atividade global. E com<br />
recursos escassos (incluindo tempo), têm<br />
pouca margem para errar.<br />
Na altura de tornar um negócio global,<br />
muitas são as decisões a tomar e as questões<br />
a ter em conta em relação aos mercados<br />
alvo, como por exemplo: Modelo de negócio:<br />
exportações ou presença física? Que<br />
parcerias estabelecer? Que modelo de<br />
distribuição adotar?; Que mercados? Nem<br />
sempre os mais evidentes ou de proximidade<br />
são os mais adequados; Mentalidades e<br />
costumes: desde a negociação até à forma<br />
de trabalhar o marketing dos produtos/<br />
serviços; Regime legal, incluindo o direito<br />
ambiental, laboral e fiscal (que, por vezes,<br />
têm especificidades regionais); Barreiras<br />
linguísticas (com clientes, fornecedores,<br />
colaboradores e outros stakeholders); Sistema<br />
financeiro (acordos interbancários, forma de<br />
fazer transações financeiras internacionais,<br />
compliance); Capacidade de acesso a crédito<br />
e outros programas de financiamento, como<br />
por exemplo venture capital; Diferenças<br />
cambiais; Direitos aduaneiros; Avaliar o<br />
timing: a empresa está suficientemente<br />
consolidada? Tem os recursos necessários<br />
para fazer face ao passo que pretende dar?;<br />
Qual a política predominante no que toca<br />
ao teletrabalho?; Infraestruturas? Trânsito?<br />
Segurança?; Custo do imobiliário? (relevante<br />
para a compra de instalações e eventual<br />
colocação de expatriados); Estabilidade<br />
e instabilidade política e económica (não<br />
apenas no país de destino, mas igualmente<br />
no contexto geopolítico global – veja-se,<br />
por exemplo, o impacto da guerra na<br />
Ucrânia na economia mundial); Taxas de<br />
juro; Inflação; Regulação; Volatilidade das<br />
moedas, commodities e mercado de capitais;<br />
Capacidade de atrair e absorver inovação;<br />
Capacidade de atrair e reter talento; Estrutura<br />
demográfica; Preço da energia; Políticas<br />
de proteção de propriedade intelectual;<br />
Abordagem à proteção de dados; Políticas<br />
de sustentabilidade; Sócios locais; Escolha<br />
da equipa local versus expatriados; Custos de<br />
implementação e manutenção da estratégia.<br />
E por último, mas não menos importante:<br />
falar com quem já teve de lidar com o<br />
processo nas geografias para onde a empresa<br />
está a pensar expandir-se ou exportar,<br />
porque não há melhor lição do que aquela<br />
que é feita da experiência.<br />
Em resumo, o processo implica resiliência,<br />
estratégia, monitorização contínua e<br />
capacidade de adaptação, muita recolha<br />
e processamento de informação e grande<br />
proximidade por parte da equipa de gestão.<br />
É por isso que, muitas vezes, os CEOs das<br />
startups e scaleups acabam por mudar<br />
temporariamente para os países que mais<br />
contribuem para as vendas, crescimento e<br />
financiamento destas empresas.<br />
O mesmo é dizer para os países que mais<br />
contribuem para o seu sucesso.<br />
Bons negócios.<br />
“ As startups<br />
são empresas<br />
com uma forte<br />
vocação<br />
exportadora:<br />
28% destas<br />
empresas<br />
exportam o<br />
equivalente a um<br />
terço do total da<br />
sua faturação<br />
Teresa Fiúza,<br />
vice-presidente<br />
da Portugal Venturesl<br />
”<br />
<strong>Outubro</strong> de <strong>2023</strong><br />
pmemagazine.sapo.pt<br />
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