PME Magazine - Edição 30 - Outubro 2023

TECNOLOGIA
A previsão da empresa é passar dos atuais 450 para 600 colaboradores em Portugal
“empresa líder”, são reveladoras do seu esforço e investimento
ao longo destes últimos anos, onde “o nosso produto atingiu o
reconhecimento mundial no mercado do software de gestão de
produção (sistemas de MES)”.
Relativamente ao posicionamento da Critical Manufacturing
face aos mercados de semicondutores e da eletrónica, o responsável
refere tratar-se de um produto de grande complexidade e
sofisticação para as indústrias, “igualmente exigente do ponto
de vista de serviços de adaptação aos processos das empresas,
necessitando, por isso, de equipas locais que complementem as
equipas centrais de engenharia em Portugal”.
No país, o atual escritório na Maia tem sofrido obras de aumento
e de remodelação para se poder adaptar ao crescimento da empresa
e ao modelo de trabalho híbrido. “Queremos continuar a crescer
e o nosso escritório precisava de mais áreas de colaboração, de
bem-estar e de espaços para as equipas se poderem juntar aquando
da sua vinda ao escritório”, justifica o CEO.
O modelo híbrido é a aposta da Critical Manufacturing que acredita
que a modalidade, que se tornou comum durante a pandemia da
covid-19, será a mais adotada pelas empresas no futuro de modo
a dar aos colaboradores a possibilidade de estarem mostly on-site
ou mostly remote e, deste modo, terem mais flexibilidade e controlo
sobre os seus horários de forma a promoverem o equilíbrio entre
a vida profissional e pessoal.
Entre as vantagens deste modelo de trabalho, está a redução do
impacto ambiental, uma vez que, ao trabalhar a partir de casa,
os colaboradores reduzem o tempo despendido no trânsito e,
consequentemente, também a emissão de gases que contribuem
para o efeito de estufa. Para além da sustentabilidade ambiental,
auxilia ainda as empresas numa maior retenção de talentos, pelo
que os colaboradores sentir-se-ão mais motivados para trabalhar.
“Nos casos mostly remote, pedimos aos colaboradores para
virem um dia por semana ao escritório, e foi por isso necessário
repensar o espaço para esta nova realidade”, assegura Francisco
Almada Lobo.
Francisco Almada Lobo, CEO da tecnológica Critical Manufacturing
A Critical Manufacturing pretende continuar
a crescer e a aumentar o número de
colaboradores, pelo que “o objetivo passa
por continuarmos a contratar”. A previsão
da empresa é de que, de dois em dois anos,
passe dos atuais 450 para 600 colaboradores
em Portugal, embora, mesmo existindo
alguns projetos no país, “sobretudo para
empresas pertencentes a grupos multinacionais,
o mercado nacional industrial
não é um alvo prioritário” neste momento.
Atualmente, está a investir e a preparar-se
do ponto de vista da tecnologia, dos recursos
humanos e da rede de parceiros, no sentido
de dar continuidade ao crescimento que
tem registado nos últimos anos.
“São várias as novidades tecnológicas que
estão em desenvolvimento, e acreditamos
que são tão relevantes para os processos de
digitalização da indústria, que vão permitir
continuar esta trajetória de crescimento
em todos os segmentos e geografias onde
a empresa está presente”, conclui o CEO
da tecnológica em expansão no mercado
asiático sobre as perspetivas da empresa
para o futuro.
“[O mercado
da Malásia]
é um dos
principais hubs
de fabrico de
semicondutores
e de eletrónica
no sudoeste
asiático, com
mais de 350
multinacionais
destes setores
lá instaladas”
Francisco Almada Lobo,
CEO da tecnológica
Critical Manufacturing
Outubro de 2023
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