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PME Magazine - Edição 30 - Outubro 2023

A edição de outubro da PME Magazine é dedicada à internacionalização.

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INVESTIMENTO<br />

Quem perspetiva a internacionalização<br />

deve ter prima facie em conta:<br />

Os riscos da dupla tributação - ao obter<br />

rendimentos em países estrangeiros<br />

mantendo domicílio fiscal em Portugal,<br />

esses rendimentos poderão ser tributados<br />

tanto em Portugal como no país de origem<br />

(i.e. no país onde foram obtidos), o que<br />

teoricamente, implicaria pagar o imposto<br />

duas vezes. Na verdade, para evitar situações<br />

de dupla tributação, Portugal celebrou um<br />

conjunto de acordos (Acordos de Dupla<br />

Tributação) com países terceiros, que<br />

estabelecem quem é o Estado com direito<br />

a tributar tais rendimentos e a que taxa<br />

(podendo ocorrer casos em que ambos os<br />

Estados têm legitimidade para a tributação).<br />

Assim é crucial saber quais as regras<br />

fiscais do país para onde pretende exportar<br />

(sejam serviços ou mercadorias) e planear<br />

fiscalmente a operação, de forma a cumprir<br />

com as obrigações legais de cada país, não<br />

sendo tributado em excesso.<br />

A necessidade da conformidade legal do<br />

produto/serviço e o seu registo - tendo em<br />

conta que cada país (sobretudo fora da U.E.)<br />

tem as suas regras próprias sobre rotulagem,<br />

informação ao consumidor, normas<br />

de publicidade (entre outros), é crucial<br />

perceber qual o enquadramento legal do<br />

produto/serviço que pretende exportar.<br />

Acresce que de acordo com o estudo<br />

divulgado pelo Instituto Nacional de Propriedade<br />

intelectual (INPI), as startups com<br />

patentes e marcas registadas são 10 vezes<br />

mais bem-sucedidas na obtenção de financiamento.<br />

“O estudo demonstra que, em média,<br />

as startups que submeteram pedidos para<br />

ambos os direitos de Propriedade Intelectual<br />

(PI) durante a fase de arranque<br />

ou crescimento inicial têm até 10,2 vezes<br />

mais probabilidades de atrair investimento<br />

e financiamento por via de capital<br />

semente e capital de risco. Em média, 29%<br />

das startups europeias apresentaram um<br />

pedido de registo de direitos de PI, com<br />

diferenças relevantes entre setores industriais.<br />

A Biotecnologia é o setor mais ativo<br />

em matéria de PI na Europa, com quase<br />

metade das startups a utilizar patentes ou<br />

marcas registadas.<br />

Em Portugal, 21% das 3.133 startups<br />

portuguesas em análise registaram direitos<br />

de propriedade intelectual, sendo que<br />

20% corresponde a registo de marca, 3% a<br />

pedido de patente e 2% a pedido de marca<br />

e patente.” (pode ler-se no site do INPI).<br />

Num mundo global em que a concorrência<br />

é cada vez mais feroz, a especialização e<br />

assegurar-se que o seu produto/serviço está<br />

protegido do ponto de vista legal quando o<br />

colocar no exterior é uma segurança que<br />

não deve abdicar, bem como saber à priori<br />

o enquadramento fiscal dos rendimentos<br />

e despesas que terá.<br />

Estas duas premissas são, para nós, o<br />

bê-á-bá para a internacionalização.<br />

<strong>Outubro</strong> de <strong>2023</strong><br />

pmemagazine.sapo.pt<br />

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