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Francisco Klörs Werneck <strong>Jesus</strong> dos <strong>13</strong> aos <strong>30</strong> Anos<br />
Em “Tudo começou em Babel”, do escritor alemão Herbert Wendt, lê-se o seguinte: “Os<br />
egípcios, que emigraram para a Palestina, então se aliaram às nações vizinhas, parte por<br />
fins comerciais, parte por costumes religiosos. E então surgiu aí o inconsiderável reino<br />
dos judeus. Moisés e .os chefes religiosos dos judeus não eram judeus mas egípcios de alta<br />
categoria, rebelados contra a situação religiosa. O nome Moisés é sem dúvida egípcio e<br />
aparece nos nomes de muitos faraós: Thutmoses, Ahmoses, Ramesés, por exemplo. A grande<br />
façanha de Moisés foi a de que se mostrou capaz de ajudar um grande número desses<br />
párias escravos a fugir do Egito, dar-lhes leis e uma religião e ainda reuni-los em uma<br />
única nação na terra de Canaã. Foi desde aquele tempo que começou a história judaica”.<br />
Na mesma parte de “O Povo Eleito” do supracitado livro de Wendt, aparece uma hipótese<br />
levantada pelo Fundador da Psicanálise, Sigmund Freud, médico e psiquiatra judeu vienense,<br />
concordando com Estrabão e outros, que “Moisés e os demais chefes religiosos, que guiaram os<br />
judeus ao fugirem do Egito, não foram judeus, mas sim egípcios que se revoltaram contra a<br />
religião egípcia do Estado.<br />
Acontece que Freud não pára aí, “continua dizendo que não somente Moisés e a<br />
casta sacerdotal dos levitas foram egípcios mas a própria religião monoteísta que, durante<br />
milênios tornou possível a sobrevivência dos judeus, foi egípcia também”. Lê-se também ali<br />
que a gente que constituiu o depois chamado povo judeu, hebreu ou israelita tinha várias<br />
procedências, isto é, que era uma mistura de raças unidas por idéias religiosas.<br />
Mas, depois de tantos séculos, dizemos nós, quem vai acreditar que Mossa ou Moisés foi<br />
mesmo egípcio e não hebreu como sempre constou.<br />
Da mesma forma poder-se-á dizer que o autor deste trabalho é alemão ou filho de<br />
alemães, quando eu nasci em Niterói, Capital do Estado do Rio de Janeiro, Estado em que nasceram<br />
também os meus pais, com, salvo um avô materno alemão, uma longa geração de ascendentes<br />
fluminenses, mineiros e paulistas.<br />
Tudo pode acontecer.<br />
Sinópticos<br />
32<br />
(Extratos de “El corazon de Ásia”, de<br />
Nicolau Roerich, edição do<br />
Museu Roerich, de New York, MCMXXX)<br />
Antes de fazer dois pequenos extratos da citada obra, vou dizer quem foi Roerich, de<br />
acordo com Ricardo Rojas, em seu prólogo:<br />
“Conheço a extraordinária personalidade de Nicolau Roerich, sua inquieta vida<br />
de viajor de vários continentes, sua origem russa, sua aclimatação americana, sua obra<br />
de pintor, de pensador e de educador, que fazem dele uma das mais singulares figuras do<br />
mundo internacional contemporâneo. Para honrá-lo e para dar ao seu vigoroso espírito um<br />
instrumento de ação, erigiu-se em New York o magnífico Museu que leva o seu nome e que<br />
tem nas principais nações membros honorários da estirpe de Bernard Shaw, na Inglaterra;<br />
de Zuloaga, na Espanha e de Rabindranath Tagore na Índia”.