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Francisco Klörs Werneck <strong>Jesus</strong> dos <strong>13</strong> aos <strong>30</strong> Anos<br />
Na manhã de Sexta-Feira Santa, Arthur Ford escreveu em minha máquina: ‘Mais ou menos<br />
nesta data, há dois mil anos, um homem chamado <strong>Jesus</strong> de Nazaré morreu na cruz como<br />
símbolo vivo da vida eterna. Alguns pensavam que iria livrar-se da cruz para exibir mais<br />
um milagre, porém foi o Cristo dentro dele que sobreviveu à morte e voltou várias vezes na<br />
forma astral para provar que a vida é eterna, que o homem de carne não é o verdadeiro<br />
homem, mas apenas o símbolo físico da alma sempre viva. Ele provou a veracidade de<br />
suas palavras e por isso tornou-se imortal como um <strong>Jesus</strong> físico bem como na consciência<br />
de Cristo, que existe nas forças de Deus desde o início dos tempos.<br />
Agora vejamos o caso de São Paulo, que teve uma visão de Cristo no caminho para Damasco.<br />
Ele não conhecia o homem <strong>Jesus</strong>, mas assim que viu a aparição reconheceu-a como o<br />
Cristo que tinha habitado o corpo de <strong>Jesus</strong>. As palavras, para ele, eram inconfundíveis.<br />
<strong>Jesus</strong> foi a maior de uma longa série de personificações de uma alma criada no início e que<br />
de vez em quando encarnava na forma humana. Foi o Buda, o Messias, o todo-no-todo, e<br />
aquele por quem sempre ansiamos em nossas almas - o irmão mais velho, o camaradão, o<br />
pacificador, a personificação do bem. Filho de Deus, sim, mas não somos todos filhos e<br />
filhas de Deus? A diferença é que <strong>Jesus</strong> recebeu de Deus poderes para conduzir toda a<br />
humanidade às verdades básicas: amai-vos uns aos outros, sede bons para com quem vos<br />
maltrata, não faleis mal se não quiserdes que falem mal de vós, fazei aos outros aquilo que<br />
quereis que vos façam. O espírito de Cristo viveu e teve o seu ser por um período de anos<br />
dentro de <strong>Jesus</strong> de Nazaré, mas lembram-se disto: O espírito interior, que habita a forma<br />
física de todos nós, é igualmente parte de Deus e capaz de suportar o mal, por isso tentemos<br />
nós um pouco mais aquilo que no princípio foi puro, limpo e verdadeiro. Amai o próximo<br />
como a vós mesmos.<br />
Arthur desenvolveu um tema semelhante em seu “sermão” da manhã da Páscoa,<br />
escrevendo:<br />
Hoje é o aniversário da bela manhã em que o Cristo desencarnado ergueu-se do túmulo<br />
para demonstrar a vida eterna. Livre de seu corpo, ele apareceu a muitos dos seus seguidores<br />
na terra da Palestina e até mostrou seus ferimentos a um Tomás duvidoso, mas não é esta<br />
a mensagem importante. O ponto de destaque é que nós todos sobrevivemos à morte com<br />
nossa personalidade e memória intactas. Isto foi demonstrado por <strong>Jesus</strong> ao morrer na cruz<br />
e Sua parte eterna - o Cristo - continuou a viver para provar que o corpo físico não faz parte<br />
da alma eterna. Hoje falamos das várias encarnações daquele Cristo que recordamos na<br />
forma de <strong>Jesus</strong>. Ele tinha sido vários homens diferentes antes daquela encarnação e em<br />
todas buscava a perfeição do homem. Queria demonstrar a Seu Pai e a todos os outros que<br />
é possível habitar um corpo físico, resistir à tentação e viver uma vida de perfeição. As<br />
vezes esquecemo-nos de que <strong>Jesus</strong> era um homem como nós. Era o Cristo dentro dele que<br />
o tornava superior. As mesmas tentações carnais estavam ali para tentar a <strong>Jesus</strong> como a<br />
qualquer homem carnal e, no entanto, ele resistiu a todas. Lembremo-nos, pois, de que<br />
cada um de nós poderá viver tão corretamente quanto quiser, pois foi demonstrado que o<br />
homem, mesmo na carne, pode ser perfeito.<br />
Já disse aqui nesta obra, citando Rudolf Steiner, que, por detrás do mistério de <strong>Jesus</strong> ...<br />
há o infinito. E, por causa disto, vou fazer, para terminar, umas breves citações de um curioso<br />
livro, também recente como o antes citado. Trata-se de “A voz dos extraplanetários”, livro que se<br />
originou de um processo telepático a que se permitira o extraplanetário Ashtar Sheran por intermédio<br />
de um médium alemão chamado Herbert Victor Speer, de Berlim.<br />
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