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Jesus_13-30

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Francisco Klörs Werneck <strong>Jesus</strong> dos <strong>13</strong> aos <strong>30</strong> Anos<br />

trecho:<br />

Estas passagens têm uma importância extrema, porque nos fazem penetrar na tradição<br />

esotérica, constante e viva em Israel, e por ela no sentido verdadeiro da lenda cristã. Elcana,<br />

o marido, é bem o pai terrestre de Samuel segundo a carne, mas o Eterno é seu pai celeste,<br />

segundo o Espírito. A linguagem figurada do monoteísmo encobre aqui a doutrina da<br />

preexistência da alma. A mulher iniciada chama uma alma superior para a receber no seu<br />

ventre e dar à luz um profeta. Esta doutrina, muito velada entre os judeus, completamente<br />

ausente do culto oficial, fazia parte da tradição secreta dos iniciados.<br />

E do cap. II - Os essênios - João Batista - A tentação, este pequeno e interessante<br />

O que <strong>Jesus</strong> queria saber, só os essênios lhe poderiam ensinar.<br />

Os Evangelhos guardam um silêncio absoluto sobre os fatos e os gestos de <strong>Jesus</strong> antes de<br />

seu encontro com João Batista, pelo qual, segundo eles, o Cristo, de certo modo, deu início<br />

ao seu ministério. Logo depois ele apareceu na Galiléia com uma doutrina formada, a<br />

segurança de um profeta e a consciência de um Messias, porém é evidente que esse início<br />

de pregação deveria ter sido precedido por um longo desenvolvimento e por uma verdadeira<br />

iniciação. E não é menos certo que tal iniciação deveria ter-se realizado na única associação<br />

que então conservava em Israel as verdadeiras tradições e o gênero de vida dos profetas.<br />

Isto não pode oferecer a menor dúvida àqueles que, elevando-se acima da superstição da<br />

letra e da mania maquinal do documento, ousam descobrir o encadeamento das coisas<br />

pelo espírito delas.<br />

Isto ressalta não só da íntima conformidade entre a doutrina de <strong>Jesus</strong> e a dos essênios<br />

mas do próprio silêncio guardado pelo Cristo e pelos seus acerca dessa seita. Por que<br />

motivo ele, que atacava com uma liberdade sem igual todos os partidos religiosos de seu<br />

tempo, não cita nunca os essênios? Por que razão também nem os Apóstolos nem os<br />

Evangelistas falam deles? Evidentemente porque consideravam os essênios como sendo<br />

dos seus, porque estavam ligados a eles pelo juramento dos Mistérios e porque esta seita<br />

se fundiu com a dos cristãos.<br />

Na época de <strong>Jesus</strong> a ordem dos essênios constituía o último resto dessas confrarias de<br />

profetas organizadas por Samuel. O despotismo dos senhores da Palestina, a inveja de um<br />

sacerdócio ambicioso e servil os tinham repelido para o retiro e o silêncio. Eles já não<br />

lutavam como os seus predecessores, contentando-se em manter a tradição. Tinham dois<br />

centros principais: um no Egito, nas margens do lago Maoris e o outro na Palestina, em<br />

Engaddi, à beira do Mar Morto. Este nome de Essênios, que tinham adotado, vinha da<br />

palavra siríaca Assaya, médico, em grego terapeuta, porque seu mister confessado era o<br />

de curar doenças físicas e morais.<br />

Paramos aqui com as citações das obras de Schuré para passar a duas autoras muito<br />

conhecidas no meio teosófico.<br />

49<br />

(Citação de “El Cristianismo Esotérico”<br />

(Los Mistérios de <strong>Jesus</strong> de Nazaré)<br />

de Annie Besant, Editorial Claridad,<br />

Buenos Aires, Argentina, págs. 73/4)

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