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Francisco Klörs Werneck <strong>Jesus</strong> dos <strong>13</strong> aos <strong>30</strong> Anos<br />
Não quero terminar esta parte sem antes transcrever o que diz a segunda capa do livro<br />
do Rev. Potter: “Por séculos e séculos os estudantes cristãos da Bíblia se perguntavam onde<br />
<strong>Jesus</strong> estava e o que ele fez durante os chamados ‘dezoito anos de silêncio’. Os maravilhosos<br />
e dramáticos manuscritos da grande biblioteca essênica, achados em grutas após grutas<br />
perto do Mar Morto, finalmente nos deram a resposta. Que durante aqueles ‘anos perdidos’<br />
<strong>Jesus</strong> estudava nessa escola essênica está se tornando cada vez mais aparente. Os letrados<br />
estão gradualmente admitindo os surpreendentes paralelos existentes entre as suas<br />
doutrinas e vocabulário e as dos essênios e seu ‘Mestre da justiça’, que foi provavelmente<br />
crucificado cerca de um século antes do nascimento de <strong>Jesus</strong>. Foi a seu título e sua<br />
autoridade que <strong>Jesus</strong> provavelmente sucedeu”.<br />
E já não perguntaram se <strong>Jesus</strong> não foi outro “Mestre da Justiça”, igualmente crucificado?<br />
Quem o sabe ao certo? Aguardemos! Com muita calma, mesmo, pois parece que o caso foi encerrado<br />
... para não abalar os fundamentos de nossa religião cristã!<br />
Ainda aprofundando o mistério.<br />
Tive ocasião de citar, anteriormente, o antroposofista Rudolf Steiner, grande estudioso<br />
dos assuntos religiosos, que disse que, detrás do mistério de <strong>Jesus</strong> ... há o infinito. Em certo ponto<br />
há mesmo, porém já existe uma literatura nova que nos permite vislumbrar mais algo além do que<br />
consta dos evangelhos chamados sinópticos (S. Marcos, S. Mateus, S. Lucas e S. João), onde,<br />
apesar de serem chamados de “concordantes”, muitas divergências mostram, como se pode ver do<br />
livro de Aldeonoff Póvoas sob o título de “Contradições Bíblicas”.<br />
Acho, pois, temerária uma exegese literal, palavra por palavra, dos quatro evangelhos,<br />
em face de novos documentos religiosos e de progressos científico, ainda mais se entrar no meio<br />
“o véu da letra e a capa do mistério” ... Há, por exemplo, uma passagem bíblica que diz:<br />
“É mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino<br />
do céu”. Ora, já li alhures que o tal “fundo de uma agulha” era uma porta da Palestina, com esse<br />
feitio, tão baixa e pequena que era difícil um camelo passar por ela. Quanto ao resto da passagem,<br />
estou de acordo.<br />
E, para quem quiser conhecer algo a respeito de Steiner, cito o livro de Rudolf Meyer<br />
intitulado “Quem era Rudolf Steiner?”, editado pela Associação Pedagógica Rudolf Steiner, de São<br />
Paulo.<br />
Vamos, pois, aprofundar o mistério de <strong>Jesus</strong>, fora da órbita dos evangelhos cristãos,<br />
que, na verdade, muito nos têm servido pelo que muito de bom contêm, apesar do que se cometeu<br />
no passado. Não os considero, racionalmente, a “Palavra de Deus”, mas, com a exclusão de muitas<br />
coisas, o maior livro religioso da Terra, pelo menos no meio chamado ocidental.<br />
Do livro de H. Dennis Bradley The Wisdom of the Gods (A Sabedoria dos Deuses), o<br />
mesmo autor de Towards the Stars (Rumo às Estrelas), este já traduzido para o português, extraio,<br />
da pág. 262, do cap. XIX, sessão de 8 de março de 1935, uma pergunta e uma resposta, com os<br />
comentários do supracitado autor.<br />
Perguntou o sr. Terry, conhecido autor teatral inglês: “Cristo é o Filho de Deus?” e o dr.<br />
Barnett, um dos guias de George Valiantine, afamado médium norteamericano de “voz direta”,<br />
respondeu o seguinte:<br />
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