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Francisco Klörs Werneck <strong>Jesus</strong> dos <strong>13</strong> aos <strong>30</strong> Anos<br />
Mas, por mais longe que se remonte o decorrer da História, encontram-se traços da existência<br />
dessa igreja. Em 1658, quando os saxões invadiram Somerset, essa igreja já existia e, de<br />
acordo com testemunhas dignas de fé, vinha de tempos imemoriais.<br />
Os arquivos de Glastonbury contêm um documento que data de antes da conquista dos<br />
normandos. Esse documento afirma, de acordo com a tradição, que aquela igreja não tinha<br />
sido construída ‘pela mão dos homens e, sim, pelas mãos do próprio Deus’.<br />
Há quem confirme a tradição oral da presença de <strong>Jesus</strong> na Inglaterra, baseada no<br />
testemunho de dois santos. Quando São David se achava em Glastonbury Cristo apareceulhe<br />
e, mostrando-lhe a igreja, disse-lhe: ‘Eis aqui a igreja que eu construí em honra<br />
de minha mãe’.<br />
Outro fato singular parece confirmar esta tradição, José de Arimatéia é o santo padroeiro<br />
de Glastonbury.<br />
O fato de ter sido ele escolhido entre milhares de outros é devido, talvez, a, no seu tempo,<br />
ter estado nessa pequena região da Inglaterra, e nada prova que naquela época ele não<br />
estivesse acompanhado por seu divino sobrinho”.<br />
Aqui termina a nossa transcrição, que vou complementar, por assim dizer, com o que<br />
encontrei a respeito. Diz-se que a igreja católica descobriu, intactos, mais de um século (100 anos)<br />
depois dós acontecimentos narrados no Novo Testamento, a cruz, os cravos, a coroa de espinhos,<br />
o manto sagrado, etc., da crucificação de <strong>Jesus</strong>, mas nada descobriu, ou não quis dizer, sobre o<br />
período de sua vida dos <strong>13</strong> aos <strong>30</strong> anos, parando-a nos 12 anos, quando dizia que “crescia <strong>Jesus</strong><br />
em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens”. (Lucas, II, vers. 52)<br />
Como não se pode admitir que <strong>Jesus</strong> tenha vivido incognitamente na casa de seus pais,<br />
nem como “agenere” num clima quente como o da Palestina, nem se conta onde ele adquiriu toda<br />
esta grande e sublime sabedoria que mostrou e demonstrou, diferente da religião de seu próprio<br />
povo, cabe examinar qualquer presunção para preencher esse vazio inexplicado dos 17 longos<br />
anos de sua vida de adulto de apenas 33 anos e mesmo admitir que tenha estado na antiga<br />
Bretanha ou Inglaterra, em companhia do mercador José de Arimatéia, seu tio e protetor.<br />
Vou, pois, referir algo relacionado com a transcrição acima, colhido em um livro<br />
completamente desconhecido do público brasileiro. É da autoria do Sr. Frederick Bligh Bond e tem<br />
o título de The Company of Avalon - a study of the script of Brother Simon, sub-prior of the Winchester<br />
Abbey in the time of King Stephen, ou, em português, “A Companhia de Avalon um estudo da<br />
narrativa do Irmão Simão, sub-prior da Abadia de Winchester no tempo do rei Estevão”.<br />
Em 1908, as autoridades eclesiásticas resolveram restaurar a abadia de Glastonbury, o<br />
mais velho edifício religioso da Inglaterra, sendo as escavações começadas em 1904, para achar<br />
uma das capelas, a de Edgar, mas sem êxito algum. Em suma, não se sabia quase nada sobre as<br />
construções primitivas, que remontavam ao século VI.<br />
Encarregado da restauração, o Sr. Bligh Bond resolveu recorrer à clarividência de um<br />
dos seus amigos, o Sr. John Alleyne, antes do começo das buscas. Em uma série de “narrativas<br />
subconscientes”, cuja origem era atribuída aos monges da abadia e em parte já conhecidas,<br />
indicações foram dadas sobre a disposição e as dimensões das antigas capelas. Ora, essas foram<br />
efetivamente achadas, particularmente a de Edgar.<br />
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