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Jesus_13-30

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Francisco Klörs Werneck <strong>Jesus</strong> dos <strong>13</strong> aos <strong>30</strong> Anos<br />

O comentário foi escrito, pois, logo em, seguida a esse ano. Alusões muito parecidas com os<br />

romanos confirmam, ademais, que se trata dessa época. Outras referências às guerras<br />

civis entre os chefes romanos e a ausência de menção de Otávio, imperador de então, na<br />

paz que se seguiu a esse feito, situam o escrito entre os anos 49 e 29, provavelmente 41<br />

antes de <strong>Jesus</strong>-Cristo, segundo opina o professor Dupont-Sommer.<br />

O comentarista fala, sobretudo, no fundador da seita. Seu nome, por veneração, não se<br />

escreve nunca. Só é chamado “Eleito de Deus” ou “Mestre da Justiça”. É um sacerdote que<br />

tem revelações divinas e a missão de transmiti-las aos judeus. “Deus o pôs na terra de<br />

Judá para explicar todas as palavras de seus servidores, os “Profetas”. Seus prediletos<br />

eram os pobres e os simples, fiéis observadores da Lei.<br />

Tem numerosos adeptos e funda uma comunidade “A Nova Aliança”.<br />

O “Mestre da Justiça” entra em luta com os sacerdotes de Jerusalém.<br />

O comentarista anatematiza o “Padre Ímpio”, o “Homem do Engano”, que persegue o “Mestre<br />

da Justiça”, bem como os seus partidários. O “Mestre da Justiça” foi sacrificado por ele em<br />

uma sentença iníqua e odiosos profanadores cometeram horrores e vinganças sobre o seu<br />

corpo carnal, pois quiseram desnudá-lo provavelmente para submetê-lo ao suplício.<br />

Mediante uma severa análise histórica, o professor Dupont-Sommer deduz que esse Sumo<br />

Sacerdote Rei que perseguiu o “Mestre da Justiça”, é Aristóbulo II, depois aprisionado e<br />

finalmente envenenado por Pompeu, acontecimentos que situam o suplício do “Mestre da<br />

Justiça” entre os anos 67 e 63 antes de <strong>Jesus</strong>-Cristo; parecendo também que o Sumo<br />

Sacerdote, chefe dos Saduceus, estava entre os perseguidores ao passo que os Fariseus<br />

se mantiveram neutros. Também se faz alusão a outro sacerdote ímpio, adversário de “A<br />

Nova Aliança”, que o professor Dupont-Sommer identifica como Ircão II, irmão e sucessor<br />

de Aristóbulo II. Ircão II foi feito prisioneiro no ano 40 antes de <strong>Jesus</strong>-Cristo pelos Partas,<br />

libertado e depois assassinado por ordem de Herodes. O comentarista se refere sempre ao<br />

castigo que aguarda os culpados, o que confirma que o relato foi escrito aí pelo ano 41<br />

antes de <strong>Jesus</strong>-Cristo.<br />

Os membros da “Aliança” viviam esperando o fim do mundo, com uma confiança ardente<br />

e alegre: “Chegados os “últimos Tempos”, seguirá o Grande JuÍzo, depois o periodo definitivo<br />

durará toda a eternidade e nele reinará o Bem. A gnose (conhecimento dos primeiros<br />

princípios) será revelada. Ninguém sabe a hora desse Grande Juízo, mas se sabe ... por<br />

meio de seu Eleito que Deus submeterá a julgamento todas as nações e então chegará o<br />

momento da expiação para todos os criminosos do povo. Aqueles que tiverem observados<br />

seus mandamentos serão uma rocha para eles...<br />

O Juízo Final será, pois, exercido pelo “Mestre da Justiça”, “Eleito de Deus”, o mesmo que,<br />

no evangelho, “ ... ocorrerá o mesmo no fim do mundo. O filho do homem enviará os<br />

seus anjos que arrojarão de seu reino todos os escandalosos e os que tenham<br />

produzido inquietudes...”<br />

Porém, no momento do Juízo quem será salvo? Habacuc escreveu: ... “e o justo viverá pela<br />

fé”, donde o comentarista conclui: A explicação disto concerne a todos os que praticam a<br />

Lei na casa de Judá que Deus livrará do Juízo (Israel culpável) por causa de sua pena e de<br />

sua fé no “Mestre da Justiça”. Assim, a fé que salva é a fé no fundador divino da Nova<br />

Aliança. “Ninguém vai ao Pai senão por mim” é uma frase atribuída a <strong>Jesus</strong>.<br />

Um dos rolos descobertos contém as regras da comunidade. Algumas passagens foram<br />

publicadas a título de amostra paleográfica; o resto o será mais tarde. É um ritual de<br />

iniciação.<br />

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