1-136 - Universidade de Coimbra

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128 E não é simplesmente no que respeita a dispensários que o n.° i8.°, § i.° do artigo 81.° é desacatado; com o tratamento das meretrizes succede o mesmo. A despeito da obrigação imposta aos municípios para que as mulheres sejam soccorridas quando doen- tes—acontece serem mandadas para hospitaes que se encontram a grande distancia — isto quando não são enviadas para a loca- lidade d'onde são naturaes, percurso que quasi sempre é feito em companhia de ca- bos ruraes, que muitas vezes contaminam. Do inquérito a que procedemos resul- tam, na verdade, n'estes pontos, as mais curiosas observações. Por exemplo:—uma grande parte das meretrizes das villas e concelhos do Norte são hospitalizadas em S. Marcos, a quem impende a obrigação de recebel-as, mediante guias das administra- ções. Pelo que respeita aos logares onde se effectuam as inspecções, notamos as ordens mais divergentes. São poucas as cidades em que ha casas próprias. Na província, são feitas em cubículos, completamente despidos de todos os pe- trechos necessários-—quasi sempre em sa- las dependentes das camaras municipaes,
129 quando não nas casas dos proprios faculta- tivos. Ora isto dá a medida do estado dos ser- viços de saúde, entre nós. > / A despeito das leis, decretos e instruc- ções superiores que vigoram, nota-se a maior anarchia n'este ramo da hygiene — anarchia que tem ainda que protelar-se, attenta a inviabilidade das ultimas reformas.
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