1-136 - Universidade de Coimbra

4i
ropa. Apesar de tudo vemos que a in-
tensidade da prostituição entre nós é maior
que no extrangeiro, pois se exceptuarmos
Montpellier cuja tolerancia está na razão
de 5,3—todas as demais cidades referem
uma media que salienta o valor intensivo
das toleradas portuguezas — havendo prin-
cipalmente a notar Lisboa, Porto e Évora.
Na razão d'esta intensidade estão os
districtos em que Portugal se divide domi-
nando, por sua vez, as províncias. O con-
fronto d'estes números com a exposição já
feita sobre a distribuição provincial mostra
bem um tal parallelismo.
As zonas de maior intensidade determi-
nam-se pela curva que as cidades descre-
vem na ordem da população que as gradúa.
Mas esta tendencia de centralisação que vae
collocar as toleradas nas cidades mais popu-
losas do Continente nem sempre obedece a
uma lei invariavel que possa precisar-nos
medidas certas.
Ha variações sensíveis a despeito da
exiguidade do perímetro e configuração da
área em que têm logar. Com as vilegiatu-
ras as toleradas retiram para as praias;
abandonam accidentalmente os pontos d'in-
verno; vão procurar n'uma população di-