1-136 - Universidade de Coimbra

DO
do, instigando a matricula — Portugal teria
uma inscripção de 200 a 3oo mulheres,
quando muito! E assim mesmo é insignifi-
cantíssimo o numero de toleradas em con-
fronto com as meretrizes clandestinas.
Em muitas cidades ha perfeito conheci-
mento de mulheres que se prostituem sob
esta forma; a policia prende-as e fal-as ins-
peccionar quando as surprehende, mas dei-
xa-as na liberdade anterior — a despeito
das disposições dos regulamentos.
A baixa nas inscripções é muito sensí-
vel em alguns centros. Em Coimbra, por
exemplo, no triennio que vae de 89 a 91 (i.°
período do regulamento) a média das ins-
cripções foi de 52; no quinquennio se-
guinte foi de 3o; e, no ultimo, que vae de
1896 a 1901, desceu a 20. O primeiro nu-
mero resente-se da inscripção total corres-
pondente á primeira applicação do regu-
lamento; mas, eliminando este anno, a mé-
dia fica ainda superior á dos quinquennios
seguintes. Approximando d'esta baixa o
accrescimo da população do ultimo decen-
nio, vemos a mais 1.439 habitantes. Para
que houvesse relação entre o registo e a
differença do censo de 1890 para 1900,
em vez de 20 devia haver no ultimo quin-