1-136 - Universidade de Coimbra
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mente (5.° e 6.° quinquennios) esta propor-<br />
ção foi <strong>de</strong> 26 % e 32 %.<br />
As costureiras seguem-se-lhe immedia-<br />
tamente. Entram na estatistica geral n'uma<br />
proporção <strong>de</strong> 17 %; em Lisboa e Porto os-<br />
cillam entre 10 e 20 %• Exercem também<br />
em gran<strong>de</strong> escala a prostituição clan<strong>de</strong>stina.<br />
Com um salario exiguo e pouco dado ás<br />
exigências das circumstancias em que vi-<br />
vem, é fácil comprehen<strong>de</strong>r como resvalam<br />
á prostituição, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> esgotados todos<br />
os expedientes que costumam adoptar.<br />
A costureira, gosando quasi sempre<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> creança uma certa liberda<strong>de</strong>, permit-<br />
te-se sahir dos ateliers mal acompanhada.<br />
Com a eda<strong>de</strong> vem a preoccupação do luxo,<br />
a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> satisfazer uma multiplici-<br />
da<strong>de</strong> <strong>de</strong> caprichos dispendiosos, o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong><br />
uma vida ociosa em contraposição do tra-<br />
balho mal remunerado.<br />
Além d'isso a vida nos ateliers é sempre<br />
perigosa porque importa um convívio sus-<br />
peito em que as mais novas começam a<br />
educar-se. É difficil reagir a um meio tão<br />
livre como aquelle, <strong>de</strong>mais quando é certo<br />
influenciar raparigas mal sahidas da adoles-<br />
cência.<br />
As costureiras mais velhas gostam <strong>de</strong>