1-136 - Universidade de Coimbra

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augmento da prostituição clandestina que
continuamente tem alastrado pela cidade.
O facto da inscripção coerciva não tem
embargado a circulação, sempre crescen-
te, da prostituição clandestina. Na razão do
seu adiantamento social está, porventura, a
grande tolerancia da policia de sanidade em
relação a determinadas ordens de meretri-
zes.
Ha n'esta classe mulheres que parecem
gosar verdadeiros privilégios. São as que
apparecem em toda a parte: nos cafés, thea-
tros, restaurantes, etc. Buscam nos centros e
ruas de maior circulação quem as acompa-
nhe : o Largo das Duas Igrejas e Chiado são
pontos obrigados em que estacionam ou pas-
seiam, provocando, alta noite, os transeun-
tes. Estas liberdades cerceiam, porventura,
o numero d'inscripções, — feitas no geral
de mulheres de fóra, accidentalmente recru-
tadas em pontos diversos e distantes.
Simultaneamente ao que succede nas
outras cidades a tolerancia vae diminuindo
sensivelmente. O numerário que representa
as mulheres em exercício tem oscillado
muito.
Compulsando a estatística, vê-se desde
1862 até hoje uma curva irregular a afastar