O MENINO QUE NÃO GOSTAVA DO PAI NATAL Era uma vez um menino que não gostava do Pai <strong>Natal</strong>, não se sabia porquê. Devia ser por não lhe <strong>da</strong>r o que ele queria ou porque era uma invenção para animar os mais pequenos. Apenas o <strong>de</strong>testava. Os pais, os familiares e os amigos tentavam convencê-lo a dizer a razão, para o po<strong>de</strong>rem aju<strong>da</strong>r, mas ele não dizia. Sentia-se infeliz por as pessoas não gostarem <strong>de</strong>le como era. Só uma pessoa tinha esperança em si e gostava <strong>de</strong>le, o avô que, quando era pequeno, também não gostava do Pai <strong>Natal</strong>. Um dia disse-lhe: – Olha, quando eu era pequeno, também não gostava do Pai <strong>Natal</strong> e agora já gosto. Sabes o que fez com que isso acontecesse? alegremente. – Não – respon<strong>de</strong>u, tristemente, o menino. – Uma viagem ao Mundo do Pai <strong>Natal</strong> para o conhecer melhor – murmurou o avô, – Levas-me lá? Eu quero ir – disse o menino, já feliz. E assim foi. No dia seguinte, tal como prometido, o avô e o menino partiram, através <strong>de</strong> um portal mágico que se encontrava no sótão <strong>da</strong> casa, para o Mundo do Pai <strong>Natal</strong>. Ele tinha trazido fatos <strong>de</strong> duen<strong>de</strong>s, para passarem <strong>de</strong>spercebidos, pois o Pai <strong>Natal</strong> não o iria reconhecer <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a última vez que lá fora. Deram início à sua caminha<strong>da</strong>, através <strong>de</strong> florestas, ringues <strong>de</strong> gelo, pequenas al<strong>de</strong>ias, até chegarem à gran<strong>de</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong> on<strong>de</strong>, lá em cima no monte, se encontrava o Palácio do Pai <strong>Natal</strong>. Eles, para chegarem lá, tinham <strong>de</strong> passar pelos guar<strong>da</strong>s. Assim, seriam apanhados e levados para a prisão. Lá, o Pai <strong>Natal</strong> iria visitá-los, para ver quem entrara no seu mundo. Depois, contariam a história to<strong>da</strong>, a vez que o avô lá estivera, etc. De certeza que o Pai <strong>Natal</strong> os <strong>de</strong>ixaria conhecê-lo melhor e o problema ficaria resolvido. E assim fizeram, tendo acontecido tudo como planearam. Entretanto, em casa do menino, a família continuava à sua procura. Primeiro, foram conhecer a casa do Pai <strong>Natal</strong> e os prémios que tinham ganho. O menino começou a gostar um pouco mais do Pai <strong>Natal</strong>! A seguir, foram <strong>da</strong>r um passeio pela ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, observar as casas, as famílias <strong>de</strong> duen<strong>de</strong>s, as lojas e as alterações que o Pai <strong>Natal</strong> fizera naquele Mundo. Depois, foram ver as renas e a forma como ele as tratava. O menino gostava ain<strong>da</strong> mais do Pai <strong>Natal</strong>! Logo <strong>de</strong> segui<strong>da</strong>, foram ver a fábrica <strong>da</strong>s pren<strong>da</strong>s e os duen<strong>de</strong>s a trabalharem, felizes. Finalmente, o trenó com o saco cheio <strong>de</strong> pren<strong>da</strong>s. O rapaz olhou para as suas e viu que o Pai <strong>Natal</strong> lhe ia <strong>da</strong>r o que ele queria. A partir <strong>de</strong>ste dia, o menino nunca mais odiou o Pai <strong>Natal</strong>.
O rapaz e o avô voltaram para o seu mundo, para a sua casa, alegres. A família reencontrou-os, já preocupa<strong>da</strong>. Eles disseram que estava tudo bem. André Teixeira nº 5 6ºC