O Natal da Margarida e da Constança - Pegada-de-papel
O Natal da Margarida e da Constança - Pegada-de-papel
O Natal da Margarida e da Constança - Pegada-de-papel
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
O Pai <strong>Natal</strong> esqueceu-se dos presentes<br />
Des<strong>de</strong> que o melhor Pai <strong>Natal</strong> saiu do Pólo Norte, a ci<strong>da</strong><strong>de</strong> ficou escura e sem brilho. No<br />
entanto, essa locali<strong>da</strong><strong>de</strong> não ficou sem Pai <strong>Natal</strong>: alguns dias <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> o antigo se ter ido<br />
embora, chegou um outro. O novo chamava-se Ambrósio. Tratava-se <strong>de</strong> um senhor gordo e muito<br />
esquecido.<br />
Um dia, Ambrósio estava a passear com as suas renas, como era seu hábito, e viu um<br />
menino a man<strong>da</strong>r bolas <strong>de</strong> neve contra uma árvore. Assustado, foi-lhe perguntar o que tinha, mas<br />
o rapaz continuava calado.<br />
O Pai <strong>Natal</strong> fez uma bola <strong>de</strong> neve e atirou-a ao rapazinho, pois este parecia-lhe triste.<br />
Entretanto, Ambrósio <strong>de</strong>cidiu falar-lhe no <strong>Natal</strong>, já que se aproximava essa época <strong>de</strong> festas. O<br />
menino ficou especado a olhá-lo.<br />
– Menino, o que tens? – quis saber o Pai <strong>Natal</strong>, bastante preocupado.<br />
– Nunca recebo presentes no <strong>Natal</strong> – respon<strong>de</strong>u o menino. – O Pai <strong>Natal</strong> <strong>de</strong>ve pensar que<br />
eu sou rico para po<strong>de</strong>r comprar presentes.<br />
mesmo.<br />
alegria.<br />
– Sabes … – começou por dizer Ambrósio.<br />
– Não me lembro do que são presentes – interrompeu-o o rapazinho. – Não me lembro<br />
– Espera! Tu vais ter uma pren<strong>da</strong> – garantiu-lhe o velhinho <strong>de</strong> barbas brancas.<br />
O Pai <strong>Natal</strong>, com a sua magia, fez com que aparecesse uma pren<strong>da</strong>.<br />
– É para ti! – disse o Pai <strong>Natal</strong> com um enorme sorriso.<br />
O menino, muito contente, <strong>de</strong>sembrulhou a sua pren<strong>da</strong> e exclamou:<br />
– Oh! Que lindo!<br />
– Gostas? – quis saber Ambrósio.<br />
– Adoro o meu urso! É gran<strong>de</strong>, castanho e muito fofinho – garantiu o rapazinho cheio <strong>de</strong><br />
– O teu <strong>Natal</strong> já vai ser diferente! – exclamou o velhinho <strong>da</strong>s barbas.<br />
– Obriga<strong>da</strong>, senhor Pai <strong>Natal</strong> – agra<strong>de</strong>ceu o menino, muito feliz.<br />
– De na<strong>da</strong> – respon<strong>de</strong>u Ambrósio todo satisfeito.<br />
Achando que po<strong>de</strong>ria fazer mais qualquer coisa por aquele menino, perguntou-lhe:<br />
– Gostarias <strong>de</strong> ir beber um chocolate quente a minha casa?<br />
– Vamos, vamos – disse logo o rapaz.<br />
E lá partiram os dois.<br />
Maria Marques Gaspar, n.º14, 5.º I