O Natal da Margarida e da Constança - Pegada-de-papel

Conto de Natal
Era uma vez um menino que era pobre. Não tinha mãe nem pai, só tinha uma tia muito má e,
quando ele fazia alguma coisa errada, a tia batia-lhe. Mas, como o Natal estava próximo, a atitude da
tia começou a mudar e o Miguel passou a ser mais bem tratado.
Na véspera de Natal, à noite, à hora de jantar, como a família era pobre, não tinham que
comer. De repente, tocaram à campainha e a tia do Miguel disse:
– Quem será agora?
E apareceu um velhinho que disse:
– Tome esta comida, minha senhora, e aproveite bem a noite de Natal.
A tia do Miguel começou a chorar. Entretanto, sentaram-se à mesa e soube-lhes tão bem
aquela comida quentinha.
Eram já quase onze horas e o velhinho voltou a aparecer. Desta vez, trazia a sobremesa:
rabanadas, sonhos e bolo-rei. E foi-se embora.
À meia noite, o velhinho voltou mais uma vez a tocar à porta.
– Posso entrar, minha filha? Eu vim buscar o meu neto.
Naquele momento, a tia percebeu que ainda tinha o pai vivo. Então, o velhote disse:
– Venham para minha casa e vamos passar o Natal juntos, como uma família unida.
Então, quando entraram em casa do velhote, tinham de tudo um pouco. Ele pegou numa prenda
e deu-a ao Miguel. Pegou noutra e deu-a à tia, e disse:
– Este era o Natal que eu queria ter, com a minha família junta e unida.
E passaram a noite mágica a conversar.
Flávio Rentim – B3 CEO