esperança e excitação. Levantei-me <strong>de</strong> um salto, eu e a mãe corremos as duas para a porta e abrimo-la. Do outro lado, estava o pai com um gran<strong>de</strong> sorriso a olhar para nós. Desejou-nos um Feliz <strong>Natal</strong> e, com gran<strong>de</strong> alegria, abraçámo-nos os três. Sofia Seguro 9ºD Nº22
Era uma vez um rapaz chamado Fred. Ele via muitas coisas que os outros não viam: bonecas a falar, livros <strong>de</strong> dragões a voar… Todos o achavam muito estranho. Certo dia, Fred, ao regressar a casa <strong>da</strong> viagem que ele e to<strong>da</strong> a família faziam na véspera <strong>de</strong> <strong>Natal</strong>, viu um buraco mesmo à frente <strong>da</strong> porta <strong>de</strong> casa. – Mãe! Mãe! Está aí um buraco, cui<strong>da</strong>do! – avisou Fred ao ver a mãe a avançar direitinha ao buraco. – Ó filho – respon<strong>de</strong>u a mãe ao verificar que não havia ali nenhum buraco – já te disse que não <strong>de</strong>ves mentir, tens <strong>de</strong> parar <strong>de</strong> vez! Ontem, eram as bonecas <strong>da</strong> tua irmã que te invadiam o quarto, hoje é um buraco no chão… Ela continuou a pregar-lhe um sermão sobre mentiras durante a meia hora que se seguiu, do lado <strong>de</strong> fora, ao frio. Acabaram por entrar em casa mas, ao passar por cima do buraco, Fred sentiu algo a puxá-lo para baixo e foi “absorvido”. Enquanto caía, a temperatura ia diminuindo. A escuridão que anteriormente o ro<strong>de</strong>ava, agora tornava-se branca como a neve e Fred estava a pensar se este seria o seu fim. O que haveria no fundo? Um animal? Terra dura? Antes <strong>de</strong> começar a ficar seriamente preocupado com o seu fim, começou a abran<strong>da</strong>r e mal se <strong>de</strong>u conta que estava, agora, sentado sobre neve fofa (apesar <strong>de</strong> fria). Avistou ao longe uma casa (provavelmente a única num raio <strong>de</strong> cem quilómetros) que tinha muita luz e parecia quentinha. Caminhou até lá e, para sua gran<strong>de</strong> surpresa e alegria, quando se aproximou <strong>da</strong> casa, as portas abriram-se e ele entrou. – Bom dia, Fred! – exclamaram todos os que se encontravam <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> casa. Lá <strong>de</strong>ntro havia duen<strong>de</strong>s, elfos, anões … e muitas pren<strong>da</strong>s embrulha<strong>da</strong>s que estavam num trenó. – Olá Fred, acompanhas-me até ao meu escritório? – perguntou um homem gordo vestido <strong>de</strong> vermelho: o Pai <strong>Natal</strong>. – S…Sim… – respon<strong>de</strong>u Fred, com um misto <strong>de</strong> medo e surpresa. Seguiu-o até ao seu escritório e sentou-se numa <strong>da</strong>s ca<strong>de</strong>iras articula<strong>da</strong>s. Ele e o Pai <strong>Natal</strong> falaram muito. A princípio, Fred estava hesitante, mas, <strong>de</strong>pois, as palavras fluíam rapi<strong>da</strong>mente pela sua boca. O Pai <strong>Natal</strong> também falou: histórias sem fim… A favorita <strong>de</strong> Fred foi a do Urso Polar: ele era o aju<strong>da</strong>nte do Pai <strong>Natal</strong> e, como sempre, foi meter o nariz on<strong>de</strong> não <strong>de</strong>via e encontrou a reserva <strong>de</strong> foguetes do Pai <strong>Natal</strong>: vinte mil. Começou a brincar com eles e friccionou dois para (dizia ele) imitar os pratos <strong>de</strong> uma bateria. Resultado: tudo foi pelos ares, as estrelas partiram-se, a Lua ficou to<strong>da</strong> negra e o Homem <strong>da</strong> Lua caiu (comeu seis pastéis <strong>de</strong> nata e <strong>de</strong>pois regressou à Lua para pôr tudo em or<strong>de</strong>m). A história acabou com o urso envolto em ligaduras e a casa to<strong>da</strong> queima<strong>da</strong>. Quando o Pai <strong>Natal</strong> acabou dizendo que tinha <strong>de</strong> ir entregar as pren<strong>da</strong>s, propôs a Fred acompanhá-lo. Fred aceitou e juntos foram distribui-las. Quando chegaram a casa <strong>de</strong> Fred, <strong>de</strong>spediram-se e Fred ficou convi<strong>da</strong>do a regressar, quando quisesse, ao Pólo Norte: bastava seguir o seu coração… Quando Fred contou a sua aventura aos pais, eles não acreditaram e man<strong>da</strong>ram-no para a cama. Zoé Arnaut (nº22, 8ºE)