Capitulo 2 - Alessandro Tirloni - Famiglia Tirloni
Capitulo 2 - Alessandro Tirloni - Famiglia Tirloni
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- João, o primeiro filho homem, que como foi dito, tinha vinte e três anos, e<br />
estava próximo<br />
do casamento com uma moça neotrentina, de nome Narcisa Geselle.<br />
Estes eram os familiares que ficaram. Além deles, com certeza, estavam<br />
presentes muitos conhecidos e amigos que saudaram os que partiam: os velhos<br />
“companheiros de aventuras”, isto é, os pioneiros que juntamente com <strong>Alessandro</strong><br />
chegaram por primeiro ao “porto franco”, como por exemplo, o velho Pietro Giacomo<br />
Morelli (1844-1918) com a mulher Anunciata Maria Vvassori (1850-1929), e os<br />
velhos casais Maestri (todos conhecidos de <strong>Alessandro</strong> e Elesabetta). Mas estavam<br />
presentes, também, com certeza, os jovens amigos dos filhos de <strong>Alessandro</strong>, e<br />
certamente também a namorada que Emanuele deixava no Brasil.<br />
Vittorio, o segundo filho homem de <strong>Alessandro</strong>, estava entre aqueles que<br />
saudavam os que partiam, pois permaneceu no Brasil, ainda por um ano, para<br />
terminar os estudos. Ele se reuniria à família um ano depois.<br />
Com certeza houve muitas lágrimas. Sobretudo pode-se imaginar que<br />
Elisabetta, mulher delicada e doce, tenha sofrido muito ao separar-se das filhas e dos<br />
netos. Não se pode excluir, porém, que também um homem do jeito de <strong>Alessandro</strong> se<br />
tenha comovido.<br />
Chegou o momento da definitiva separação. Enquanto todos os daqui ficavam<br />
parados e saudavam os que iam, o grupo de nove pessoas voltava as costas<br />
definitivamente para Porto Franco, para se encaminhar para a Itália. Os que partiam<br />
voltavam-se para trás para olhar, pela última vez, o rosto dos habitantes e dos<br />
familiares, que se tornavam cada vez menores. Pouco a pouco as suas figuras foram<br />
desaparecendo para sempre. À medida que prosseguiam, também a pequena vila de<br />
Porto Franco e o cume das colinas tão familiares, acabaram por serem rapidamente<br />
envolvidas pela densa vegetação, e desaparecerem.<br />
Embarcados em Itajaí, enquanto o navio soltava as amarras e zarpava na<br />
direção da Itália, podemos imaginá-los todos com roupas bonitas, com os rostos<br />
sérios, encaminharem-se para a ponte do navio, e depois voltarem-se na direção da<br />
popa, para saudar pela última vez aquele canto do mundo que lhes deu deveras tanto,<br />
e verem desparecer a terra firme, dizendo dentro deles: “Adio Brasile”!<br />
Como para a viagem empreendida poucos meses antes por <strong>Alessandro</strong> e João,<br />
certamente também desta vez as condições nas quais a família viajava, eram boas.<br />
<strong>Alessandro</strong> tinha as possibilidades econômicas para fazer viajar todos na primeira<br />
classe, mas visto o grande número de viajantes, pode-se presumir que o patriarca<br />
tenha optado por fazer viajar a família numa classe mais econômica, mas de qualquer<br />
modo, na digna segunda classe.