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Capitulo 2 - Alessandro Tirloni - Famiglia Tirloni

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Gli adulti della famiglia durante gli ultimi anni di vita del patriarca:<br />

il patriarca <strong>Alessandro</strong> <strong>Tirloni</strong><br />

i coniugi Rosa Morosini ed Emanuele <strong>Tirloni</strong>; i coniugi Eliseo <strong>Tirloni</strong> e Giuseppina MArtinelli<br />

Uma nota digna de mérito no comportamento de <strong>Alessandro</strong> foi o fato de que,<br />

diferente de alguns velhos, amava contar – talvez até com uma ponta de orgulho – a<br />

sua história pessoal, e contava-a muitas vezes, desde quando partiu como emigrante,<br />

com todas as travessias que percorreu. Mesmo por isso, o meu avô Peppino<br />

recordava muito bem a figura do velho patriarca que vivia em casa com eles. Aliás, é<br />

grande o mérito daquela sua vontade de contar a sua história, porque assim, em<br />

nossos dias, ainda se pode fazer memória daqueles fatos.<br />

Para <strong>Alessandro</strong>, meter a mão no bolso era um verdadeiro trauma. Meu avô<br />

recordava que só em ocasiões de festa na vila é que <strong>Alessandro</strong> colocava dois dedos<br />

no bolso do colete e retirava alguma moeda para dar aos netos, para que comprassem<br />

as castanhas cozidas. Este era o único presente que o velho <strong>Alessandro</strong> dava às<br />

crianças.<br />

Uma outra recordação muito viva na memória de meu avô Peppino estava<br />

ligada ao momento da cobrança dos impostos. Na torre da Igreja de Covo havia um<br />

sino que era tocado precisamente nesta ocasião. Para <strong>Alessandro</strong>, toda vez que o sino<br />

tocava era como uma condenação. Ficava atacado por verdadeiras crises de<br />

ansiedade, e quando se refazia um pouco, iniciava a investir contra o Estado ladrão<br />

que o espoliava do suor de sua fronte. Meu avô recordava as palavras textuais de seu<br />

típico desabafo nestas ocasiões: “A Roma i solc i va sö a vagù e vagù; ah, ma se rie a<br />

metighe dent una ma... Traduzindo: Para Roma (para o Governo...) o dinheiro vai de<br />

vagão em vagão; ah, mas se eu chegar a colocar dentro a minha mão...” (e fazia o

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