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Capitulo 2 - Alessandro Tirloni - Famiglia Tirloni

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propriedades em terrenos, mas simplesmente havia tomado em aluguel as terras de<br />

outros. Este fato é relatado pela frase: “(A terra) que tínhamos antes por sete anos,<br />

não podemos mais tê-la)<br />

Uma notícia que de verdade atingiu e pôs em movimento toda uma série de<br />

conjeturas é aquela ligada aos tios, enquanto alimenta uma forte suspeita que se<br />

enraíza sempre mais. Não temos ideia de quem seja esse tio de Porto Alegre, e não<br />

temos certeza nem sequer sobre a identidade dos outros tios defuntos. Provavelmente<br />

se tratava de parentes da mãe Elisebatta. Talvez o “tio Pedro de Porto Alegre” seria<br />

um dos dois irmãos de Elisabetta, e um dos tios defuntos seria o marido da irmã de<br />

Elisabetta. Mas quem seria o último tio de quem se faz menção? Os nomes não nos<br />

ajudam por nada porque nenhum dos irmãos de Elisabetta corresponde a estes nomes,<br />

e é mesmo por isso que toma pé sempre mais uma estranha hipótese: poderia ser uma<br />

pura coincidência, mas os nomes Battista e Fermo são os nomes de dois dos irmãos<br />

maiores de <strong>Alessandro</strong>.<br />

O primeiro, assinalado no Registro Anagráfico de Bariano com o nome<br />

completo “Giovanni Battista (abreviado em “GioBatta”) é aquele solteiro, a quem é<br />

creditada a nota “América”. Fermo é aquele assinalado como sendo casado e com<br />

duas crianças. Obviamente não se quer chegar a conclusões arriscadas, também<br />

porque o nome “Batista” – como todos os nomes de origem bíblica – eram muito<br />

comuns, mas permanece o fato de que o nome “Fermo”, ainda que usado na idade<br />

média, não era absolutamente de uso comum, e era muito raro também nos anos<br />

oitocentos. Na nossa família este nome foi dado a um irmão de <strong>Alessandro</strong>, enquanto<br />

era o nome do avô, o nosso avô mais antigo de quem se tenha notícia até agora. Uma<br />

ulterior confirmação a essa tese nos chega mesmo do Brasil, do velho tio João <strong>Tirloni</strong><br />

(o neto mais velho e ainda vivo do patriarca) o qual recorda que sua mãe, a tia<br />

Narcisa Geselle, falava de ao menos um irmão de <strong>Alessandro</strong> residente no estado do<br />

Rio Grande do Sul, do qual não se tinha mais notícias há muito tempo.<br />

Esta descoberta revoluciona todas as teorias e suposições feitas até agora, mas<br />

ainda não está claro como aconteceram cronologicamente os eventos. Há várias<br />

possibilidades. Primeira: <strong>Alessandro</strong> teria partido para o Brasil, não sozinho, mas com<br />

dois irmãos; segunda: <strong>Alessandro</strong> esteve unido aos irmãos em um segundo tempo;<br />

terceira: foi <strong>Alessandro</strong> que foi se unir aos irmãos emigrados antes dele. Seja como<br />

for, se as coisas andaram exatamente assim, isto significa que outros parentes <strong>Tirloni</strong>,<br />

de nós desconhecidos, estão agora residindo no sul do Brasil.<br />

Na casa <strong>Tirloni</strong> todos os membros da família são observados pela figura do<br />

velho <strong>Alessandro</strong>, cujo caráter piora e se endurece sempre mais, com o passar dos<br />

anos. Como foi dito, a coisa que mais o caracterizou foi a sua sovinice que chegava<br />

ao inverossímil, unida à grande operosidade e a uma fibra fortíssima. Era um<br />

trabalhador infatigável até à idade avançada. Nunca ficava doente, acordava-se todas<br />

as manhãs às 4 horas da manhã e ia bater na porta dos quartos de dormir dos seus<br />

filhos, insistindo que se levantassem logo. Comandava a todos com punho de ferro e

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