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Capitulo 2 - Alessandro Tirloni - Famiglia Tirloni

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Vittorio tinha 24 anos, e na foto é o mais velho dentre os irmãos que voltaram<br />

para a Itália. Ele é talvez aquele que entre os irmãos mais se assemelha esteticamente<br />

ao pai. Tem o mesmo rosto magro e afunilado, mesmo tendo o queixo mais quadrado.<br />

Estava na Itália, fazia pouco, e talvez ainda estivesse se sentindo um pouco<br />

expatriado, ou até estivesse presente, mas não muito a seu gosto. Na foto apresenta<br />

uma imagem de jovem determinado.<br />

Emanuele tinha 21 anos, e na foto é o único que acena um discreto sorriso.<br />

Assemelha-se muito ao irmão Vittorio, mas o seu rosto aparece menos magro, e é<br />

fisicamente mais avantajado. É o mais alto da família, com uma altura que vai além<br />

de 1.80 m. É uma altura com certeza superior à média da época.<br />

Vittoria tinha 19 anos, e na foto é aquela dentre as irmãs que parece mais<br />

segura de si. Tem uma fronte alta e o olhar decidido. Ela é quem mais aparece pelo<br />

elevado grau de cuidado do cabelo, e o perfil do rosto recorda muito aquele do pai e<br />

do irmão Vittorio.<br />

Antônia tinha quase 13 anos. Também para o seu reconhecimento na foto houve<br />

muitas dúvidas, e só pelo encontro de outras fotografias das irmãs maiores é que<br />

agora se pode afirmar com razão a sua identidade. Não obstante a sua estatura ser<br />

praticamente a mesma das irmãs, o seu rosto aparece muito jovem, e a sua testa<br />

levemente abaixada, juntamente com o olhar tímido, deixa transparecer que é a caçula<br />

da família.<br />

No momento em que foi feita esta fotografia, obviamente ninguém poderia<br />

imaginar aquilo que iria acontecer em breve. Aliás, a decisão de não tardar de<br />

fazerem-se retratar foi uma sorte para nós, descendentes, que podemos conhecer no<br />

rosto de nossa matriarca. De fato, essa mãe tão cara e amada, estava destinada a<br />

acabar logo a sua boa obra para o bem dos seus filhos, porque depressa o destino se<br />

desencadearia contra ela.<br />

Pouquíssimo tempo depois de ter podido abraçar o seu filho Vittorio, apenas chegado<br />

do Brasil, no dia 10 de abril de 1912, a mãe Elisabetta, numa rotina comum familiar<br />

em um dia como tantos outros, saiu de casa levando uma cesta cheia de roupas para<br />

lavar, e se dirigiu para o canto nordeste da fazenda onde corria um riacho. Aquele era<br />

o lugar onde se dirigia sempre para lavar a roupa. Infelizmente o destino decidiu que<br />

Elisabetta, naquele dia, não voltaria mais para casa, e não veria mais os seus<br />

familiares.<br />

Passado um pouco de tempo depois de ter saído de casa, a filha menor,<br />

Antônia, não vendo-a voltar para casa, foi à sua procura. Apenas chegada ao riacho,<br />

coube à jovem de treze anos a desventura de encontrar-se sozinha em uma cena,<br />

dentre as mais horríveis que podem acontecer. Antônia viu o corpo da mãe, sem vida,<br />

voltado com a barriga para baixo, flutuando no regato, arrastado em círculos pela leve

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