Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
"Você Enerva-me!" /151<br />
Não acontece isto mesmo <strong>por</strong> toda a parte?<br />
Um dia, um homem <strong>que</strong> estava a divorciar-se, e a <strong>que</strong>m eu<br />
explicava <strong>que</strong> o divórcio é um pecado, virou-se para mim e disse:<br />
«Pastor Busch, pare com isso. Basta a maneira como a minha mulher<br />
come a sopa para me <strong>de</strong>scontrolar.»<br />
Acha piada? Eu não. Isto horroriza-me. Acha <strong>que</strong> estas coisas são<br />
pe<strong>que</strong>nas, insignificantes? Não. Não são. São sintomas do mundo<br />
caído, doente e rebel<strong>de</strong> em <strong>que</strong> nós vivemos como homens e mulheres<br />
sem Deus.<br />
O exaspero assume <strong>por</strong> vezes formas muito sérias. Conheço uma<br />
jovem <strong>que</strong> está totalmente paralisada, com esclerose múltipla. Ela<br />
vive numa pe<strong>que</strong>na casa. Na casa ao lado vive um rapaz cruel e<br />
egoísta. Ele vê televisão à noite e põe o som muito alto. Todas as<br />
noites até tar<strong>de</strong>, a jovem doente ouve tudo através da pare<strong>de</strong> fina <strong>que</strong><br />
separa as duas casas. Um dia, ela pediu-lhe <strong>que</strong> baixasse o som da<br />
televisão, mas ele fez exactamente o contrário: aumentou-o para o<br />
máximo. Assim, ano após ano, noite após noite, hora após hora, a<br />
pobre moça tem <strong>de</strong> aguentar esta situação.<br />
Os homens po<strong>de</strong>m ser cruéis a esse ponto.<br />
Quando era um jovem pastor, tive <strong>de</strong> preparar 150 adolescentes<br />
para a confirmação. Decidi visitar cada um <strong>de</strong>les em casa. Eles viviam<br />
em apartamentos alugados. Na primeira casa <strong>que</strong> visitei, encontrei a<br />
família a discutir; na segunda, estavam a discutir; na terceira, a mesma<br />
coisa. Algum tempo mais tar<strong>de</strong> perguntei às crianças, na hora da<br />
cate<strong>que</strong>se, se a<strong>que</strong>les <strong>que</strong> não tinham discussões em casa se podiam<br />
levantar. Só 3 ou 4 se levantaram. «Quer dizer <strong>que</strong> em todas as outras<br />
famílias há discussões?» — perguntei eu. «Há, sim.» Voltando-me<br />
para os adolescentes <strong>que</strong> se tinham levantado, perguntei-lhes: «Por<br />
<strong>que</strong> é <strong>que</strong> não há discussões na vossa casa?» «Por<strong>que</strong> vivemos<br />
sozinhos» — foi a resposta <strong>de</strong>les.<br />
É essa a situação.<br />
E espera-se <strong>que</strong> sejamos corajosos, alegres e trabalhadores, quando<br />
afinal vivemos constantemente num estado <strong>de</strong> tensão nervosa. Quando<br />
alguma coisa nos cai nos pés, magoa-nos. Mas quando as outras<br />
pessoas nos enervam constantemente, torna-se insu<strong>por</strong>tável.<br />
3. Deus intervém!<br />
Se fosse só isto o <strong>que</strong> eu tinha a dizer, então teria sido melhor não<br />
dizer nada. Mas eu tenho uma notícia incrível e espantosa para si: no