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Haverá Certezas em Questões Religiosas? /197<br />
seguiu-os também. Por fim, toda a multidão começou a dispersar.<br />
Deve ter sido terrível.<br />
Imagine <strong>que</strong> eu prego um sermão e <strong>que</strong>, <strong>de</strong> repente, as pessoas<br />
começam a sair da sala, umas atrás das outras. Bem, foi exactamente<br />
isso <strong>que</strong> aconteceu a Jesus. De repente, ficou só. Milhares <strong>de</strong> homens<br />
e mulheres se foram embora enquanto ele falava. Não quiseram ouvi-<br />
-lo <strong>por</strong> mais tempo.<br />
Só os doze discípulos permaneceram.<br />
Se eu estivesse no lugar <strong>de</strong> Jesus, talvez tivesse argumentado com<br />
os doze: «Pelo menos, fi<strong>que</strong>m vocês comigo! Vocês são os meus<br />
amigos fieis; não me <strong>de</strong>ixem!» Mas a reacção <strong>de</strong> Jesus foi<br />
completamente diferente. Sabe o <strong>que</strong> Jesus disse aos discípulos?<br />
«Vocês também po<strong>de</strong>m ir, se quiserem.» No reino <strong>de</strong> Deus não há<br />
restrições. É o único reino on<strong>de</strong> não existe força policial. A verda<strong>de</strong>ira<br />
liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> escolha é característica <strong>de</strong>sse reino. «Vocês também<br />
po<strong>de</strong>m ir, se quiserem.» Foi isso <strong>que</strong> Jesus disse aos seus discípulos.<br />
Eles <strong>de</strong>vem ter ficado divididos. Quando seis mil pessoas se levantam<br />
e vão embora, apetece fazer o mesmo. Provavelmente, tinham vonta<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> ir com os outros — especialmente quando Jesus lhes <strong>de</strong>u essa<br />
possibilida<strong>de</strong>, ao dizer: «Vocês também po<strong>de</strong>m ir embora...» O<br />
caminho estava bem aberto. «Se quiserem, po<strong>de</strong>m per<strong>de</strong>r-se; po<strong>de</strong>m<br />
escolher viver sem Deus; po<strong>de</strong>m correr directamente para o inferno.»<br />
Pedro começou a pensar: «Para on<strong>de</strong> é <strong>que</strong> eu irei? Para on<strong>de</strong>?<br />
Devo arranjar trabalho e trabalhar como escravo? Ou viver no meio<br />
do pecado? E encontrar-me no fim diante da morte e do inferno? Isso<br />
seria uma estupi<strong>de</strong>z!» Então, olhou para Jesus e sentiu-se absolutamente<br />
certo duma coisa: Só uma vida vivida com Jesus é <strong>que</strong> era digna <strong>de</strong> se<br />
viver. Disse então a Jesus: «Senhor, para <strong>que</strong>m iremos nós? Só tu tens<br />
as palavras <strong>de</strong> vida eterna. E nós temos crido e conhecido (o <strong>que</strong><br />
equivale a dizer: temos a certeza) <strong>que</strong> tu és o Cristo, o Filho do Deus<br />
vivo. Nós ficaremos.»<br />
Meus amigos, é assim <strong>que</strong> chegamos à certeza absoluta. Depois <strong>de</strong><br />
atentarmos cuidadosamente nos diferentes caminhos <strong>que</strong> se abrem<br />
diante <strong>de</strong> nós, concluimos <strong>que</strong> Jesus é o único caminho <strong>que</strong> <strong>de</strong>vemos<br />
seguir. Eu espero <strong>que</strong> também você chegue a conhecer esta maravilhosa<br />
segurança dos discípulos: «Nós temos crido e conhecido <strong>que</strong> tu és o<br />
Cristo, o Filho do Deus vivo.»<br />
Antes <strong>de</strong> terminar, gostaria <strong>de</strong> dirigir uma palavra especial à<strong>que</strong>les<br />
<strong>que</strong> já <strong>de</strong>ram o primeiro passo da fé—entregando a vida a Jesus Cristo<br />
— mas <strong>que</strong> pensam no seu íntimo: «Eu não tenho a certeza da minha