18.04.2013 Views

por que preciso de jesus?

por que preciso de jesus?

por que preciso de jesus?

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Por <strong>que</strong> Preciso <strong>de</strong> Jesus? /19<br />

inteiro <strong>por</strong> alguém <strong>que</strong> me ia buscar <strong>de</strong> carro. Passei a noite num velho<br />

abrigo <strong>de</strong> caça, <strong>que</strong> no passado tinha pertencido a um rei. Na altura,<br />

o seu único habitante era um guarda florestal. A casa estava meio<br />

arruinada. Não tinha electricida<strong>de</strong>, mas tinha uma gran<strong>de</strong> sala-<strong>de</strong>-<br />

-estar, com uma lareira em <strong>que</strong> estava acesa uma pe<strong>que</strong>na fogueira. O<br />

guarda pôs um can<strong>de</strong>eiro <strong>de</strong> azeite na mesa e <strong>de</strong>sejou-me as boas<br />

noites. Fora, a tempesta<strong>de</strong> rugia. A chuva caía torrencialmente sobre<br />

os abetos em torno da casa. Era um cenário i<strong>de</strong>al para uma boa história<br />

<strong>de</strong> mistério.<br />

Ora, precisamente nessa noite, eu não tinha nada comigo para ler<br />

e <strong>de</strong>scobri então um pe<strong>que</strong>no livro ao lado da lareira. Comecei a lê-<br />

-lo à luz da can<strong>de</strong>ia. Nunca lera algo <strong>de</strong> tão terrível. Nas suas páginas,<br />

um médico dava largas à sua ira contra a morte. Página após página<br />

havia passagens como esta: «Oh, morte, o pior inimigo da raça<br />

humana! Lutei durante toda a semana para arrancar das tuas garras<br />

uma vida humana e, no momento em <strong>que</strong> já pensava ter conseguido,<br />

tu vieste para o lado da cama e apanhaste-a com um ar <strong>de</strong> escárnio—<br />

e tudo se tornou inútil. Po<strong>de</strong>ndo eu curar as pessoas, sei, no entanto,<br />

<strong>que</strong> quando tu chegas com a tua mão es<strong>que</strong>lética, a luta é em vão. Oh,<br />

morte, tu és enganadora, és inimiga!» E assim ele dava largas ao seu<br />

implacável ódio à morte, em cada página.<br />

Cheguei então ao ponto pior: «Oh, Morte, ponto final, ponto <strong>de</strong><br />

exclamação!» Cito-o exactamente: «Maldição! Se ao menos tu fosses<br />

só um ponto <strong>de</strong> exclamação! Mas quando olho para ti, transformas-<br />

-te num ponto <strong>de</strong> interrogação. E pergunto a mim próprio se serás<br />

mesmo o ponto final! Se não és, <strong>que</strong> és então? Oh, morte, abominável<br />

ponto <strong>de</strong> interrogação!»<br />

É só até aí <strong>que</strong> você po<strong>de</strong> chegar! Mas posso assegurar-lhe <strong>que</strong> nem<br />

tudo termina com a morte. Jesus, <strong>que</strong> conhecia tudo sobre o assunto,<br />

disse: «Larga é a <strong>por</strong>ta e espaçoso o caminho <strong>que</strong> conduz à perdição...<br />

e apertado o caminho <strong>que</strong> conduz à vida.» A nossa sorte <strong>de</strong>ci<strong>de</strong>-se aqui<br />

na terra. É <strong>por</strong> isso <strong>que</strong> eu me alegro <strong>por</strong> ter um Salvador <strong>que</strong> dá vida<br />

aqui e agora — <strong>que</strong> é vida e conduz à vida. É <strong>por</strong> isso <strong>que</strong> gosto <strong>de</strong><br />

pregar esta mensagem aos outros.<br />

Durante a Primeira Guerra Mundial, nós lutámos durante semanas<br />

perto <strong>de</strong> Verdun, na altura em <strong>que</strong> se travou ali um dos piores<br />

combates. Havia pilhas <strong>de</strong> corpos mortos entre as duas linhas inimigas.<br />

Nunca em toda a minha vida fui capaz <strong>de</strong> afastar das minhas narinas<br />

o cheiro nauseabundo <strong>de</strong>sses corpos. Cada vez <strong>que</strong> me encontro junto<br />

a um memorial da guerra, sinto <strong>de</strong> novo o cheiro horrível <strong>de</strong> Verdun,

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!