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46 / Jesus Nosso Destino<br />
5. Alguém <strong>que</strong> tem tempo<br />
Enquanto Satanás nos dominar, seremos pressionados e nunca<br />
teremos tempo. Há mulheres <strong>que</strong> se <strong>que</strong>ixam com frequência: «O meu<br />
marido nunca tem tempo para mim.» Os homens também po<strong>de</strong>m<br />
<strong>que</strong>ixar-se: «A minha mulher nunca tem tempo para mim.» E quanto<br />
aos jovens, muitos protestam em voz alta contra os pais, <strong>que</strong> nunca<br />
têm tempo para eles.<br />
Jesus, contudo, tem tempo — tem tempo para TI!<br />
Descobri esta verda<strong>de</strong>, um dia, <strong>de</strong> um modo inteiramente novo.<br />
Estava a atravessar gran<strong>de</strong>s dificulda<strong>de</strong>s. Sentia-me tão <strong>de</strong>sanimado<br />
<strong>que</strong> a minha esposa não pô<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> comentar: «Pareces<br />
<strong>de</strong>stroçado, mas eu compreendo, bem sabes!» Eu corei e corri para<br />
o bos<strong>que</strong>. Ali, no silêncio <strong>que</strong> reinava, falei com o meu Salvador:<br />
«Senhor Jesus, <strong>de</strong>ixa-me explicar toda esta tristeza <strong>que</strong> sinto...».<br />
Derramei então ali o meu coração diante <strong>de</strong>le. Jesus dispensou<br />
tempo para me ouvir — e eu pu<strong>de</strong> contar-lhe tudo. Duas horas se<br />
passaram como um momento. Depois, abri o Novo Testamento. Ao<br />
lê-lo, senti <strong>que</strong> cada palavra constituía a resposta directa <strong>de</strong> Deus para<br />
o meu caso.<br />
Estava tão feliz quando voltei para casa! Tinha acabado <strong>de</strong> fazer<br />
uma nova e maravilhosa <strong>de</strong>scoberta — Jesus tinha tempo para<br />
miml<br />
No Novo Testamento há uma história muito comovente. Um cego<br />
estava sentado ao lado da estrada, pedindo esmola. Tinha na mão uma<br />
tigela <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira e <strong>de</strong> cada vez <strong>que</strong> alguém passava perto, ele estendia<br />
a mão e suplicava: «Uma esmola, <strong>por</strong> favor.» De repente, ouviu ao<br />
longe o barulho duma gran<strong>de</strong> multidão <strong>que</strong> se aproximava. «Que está<br />
a acontecer?»—pensou. «Será um cortejo, ou uma parada militar?»<br />
Por fim, clamou o mais alto <strong>que</strong> pô<strong>de</strong>: «Que se passa?» Alguém ali<br />
perto lhe respon<strong>de</strong>u: «Jesus acaba <strong>de</strong> entrar na cida<strong>de</strong>.» Ele estremeceu<br />
ao ouvir o nome <strong>de</strong> Jesus! Já tinha ouvido falar <strong>de</strong>le. Estava certo <strong>de</strong><br />
<strong>que</strong> esse Jesus era o Filho <strong>de</strong> Deus. Não tinha a menor dúvida.<br />
Começou então a clamar: «Jesus, Filho <strong>de</strong> Deus, tem misericórdia <strong>de</strong><br />
mim! Jesus, Filho <strong>de</strong> Deus, ajuda-me!»<br />
A<strong>que</strong>le brado começou a enervar as pessoas, <strong>que</strong> disseram ao cego:<br />
«Cala-te. Queremos ouvir o <strong>que</strong> Jesus está a dizer.» O cego, <strong>por</strong>ém,<br />
não se im<strong>por</strong>tou e continuou a clamar: «Jesus, Filho <strong>de</strong> Deus, tem<br />
misericórdia <strong>de</strong> mim!» Ele gritava cada vez mais alto. A multidão<br />
começou a ficar furiosa e a ameaçá-lo. «Se não te calas, espancamos-