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2. Usamo-la, quando não a <strong>de</strong>víamos usar<br />
Para Mim Não Serve! /177<br />
Com efeito, meus amigos, muitos <strong>de</strong> nós usamos esta expressão na<br />
hora errada.<br />
Por exemplo: Diante <strong>de</strong> mim está um jovem—um rapaz simpático,<br />
como alguns diriam. Eu digo-lhe: «Tu podias fazer algo <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> da<br />
tua vida, se a entregasses a Deus!» E ele respon<strong>de</strong>: «Para mim, isso<br />
não serve! Está fora <strong>de</strong> <strong>que</strong>stão!»<br />
Nós tratamos Deus como se... Vou usar uma ilustração para<br />
explicar: Como o meu médico me receitou um passeio diário <strong>de</strong> uma<br />
hora, no outro dia fui <strong>por</strong> um caminho <strong>que</strong> segue ao longo da vedação<br />
da estação sul dos caminhos <strong>de</strong> ferro <strong>de</strong> Essen. E ali, mesmo no meio<br />
do caminho, <strong>de</strong>parei subitamente com um velho sofá. Não precisando<br />
mais <strong>de</strong>le, os donos tinham-no simplesmente abandonado no par<strong>que</strong><br />
público, a coberto da noite. Devem ter pensado: «A cida<strong>de</strong> <strong>que</strong> se livre<br />
<strong>de</strong>le!» Eis como eu vejo a história do velho móvel. Um jovem casal<br />
tinha provavelmente herdado o móvel duma velha avó <strong>que</strong> morrera.<br />
Como viviam num andar mo<strong>de</strong>rno, com mobília a condizer, o marido<br />
tinha naturalmente perguntado à mulher: «Que vamos fazer a este<br />
velho sofá? Não liga com os outros móveis e talvez até tenha pulgas.<br />
O melhor é livrarmo-nos <strong>de</strong>le». Levaram-no então para o par<strong>que</strong><br />
público e <strong>de</strong>ixaram-no lá.<br />
É exactamente assim <strong>que</strong> os homens e mulheres <strong>de</strong> hoje tratam o<br />
Deus vivo. Simplesmente ele não liga com o nosso estilo <strong>de</strong> vida, nem<br />
se enquadra na nossa socieda<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rna e pluralista! E é evi<strong>de</strong>nte <strong>que</strong><br />
também não se conforma com a mentalida<strong>de</strong> do nosso tempo. Que lhe<br />
havemos então <strong>de</strong> fazer? Vamos <strong>de</strong>ixar o velho sofá na igreja! De<br />
qual<strong>que</strong>r modo, fica fechado toda a semana!<br />
Meus amigos, o Deus vivo não é um velho sofá! Está claro? Deus<br />
não é um velho objecto qual<strong>que</strong>r <strong>de</strong> <strong>que</strong> nos possamos <strong>de</strong>scartar à<br />
vonta<strong>de</strong>, só <strong>por</strong><strong>que</strong> o achamos antiquado. Tem <strong>por</strong>ventura uma leve<br />
i<strong>de</strong>ia do <strong>que</strong> é realmente o Deus vivo? Talvez a igreja sejaparcialmente<br />
responsável pelo facto <strong>de</strong> Deus ser um problema para muitos <strong>de</strong> nós.<br />
Na realida<strong>de</strong>, a simples menção do seu nome <strong>de</strong>via bastar para nos<br />
causar arrepios, mas refugiamo-nos <strong>por</strong> trás <strong>de</strong> um muro <strong>de</strong> indiferença.<br />
— para mim não serve!<br />
Tentemos ligar <strong>de</strong> novo o efeito com a causa. Ouve-se<br />
constantemente dizer <strong>que</strong> todo o mundo oci<strong>de</strong>ntal está doente. Não<br />
apenas fisicamente doente — com o aumento do cancro, leucemia,<br />
doenças cardíacas e todo o tipo <strong>de</strong> outros males — mas também