Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
O Que Deve Fazer? / 67<br />
versículo ficam aborrecidos e <strong>de</strong>claram: «Eu não sou pecador. Não<br />
cometi qual<strong>que</strong>r crime.» É a tais pessoas <strong>que</strong> dirijo agora estas<br />
palavras. O <strong>que</strong> acabam <strong>de</strong> afirmar é total e absolutamente errado.<br />
Po<strong>de</strong>m imaginar-se no dia do juízo a dizer pessoalmente a Deus: «Eu<br />
não sou pecador, tenho cumprido todos os mandamentos.»? Ousariam<br />
dizer-lhe isso?<br />
Ora vamos lá! Você tem <strong>de</strong> abandonar o bom conceito <strong>que</strong> tem <strong>de</strong><br />
si próprio. Deixe <strong>de</strong> pensar — ou fingir — <strong>que</strong> a sua vida está em<br />
or<strong>de</strong>m. Nada está em or<strong>de</strong>m, absolutamente nada!<br />
Falei há muito tempo com um jovem <strong>de</strong> vinte anos. Jamais o<br />
es<strong>que</strong>cerei. Quando o encontrei um dia, disse-lhe: «Meu caro Heinz,<br />
já há muito tempo <strong>que</strong> não te vejo nos estudos bíblicos ou nas reuniões<br />
<strong>de</strong> jovens.» «E verda<strong>de</strong>» — respon<strong>de</strong>u ele. «Pastor Busch, tenho<br />
pensado precisamente nisso. O senhor anda sempre a dizer <strong>que</strong> Jesus<br />
morreu pelos pecadores. No <strong>que</strong> me diz respeito, eu não sinto<br />
necessida<strong>de</strong> dum bo<strong>de</strong> expiatório para levar os meus pecados. Se eu<br />
fiz alguma coisa errada e se realmente existe um Deus, eu próprio<br />
respon<strong>de</strong>rei perante ele. A i<strong>de</strong>ia dum Salvador a morrer em meu lugar<br />
é totalmente ridícula.» «Está bem.» — respondi eu — «Quando<br />
compareceres diante do Deus santo, pe<strong>de</strong>-lhe justiça. Tens esse<br />
direito. És livre para rejeitar Jesus e dizer: "Apelo à justiça". Mas tens<br />
<strong>de</strong> reconhecer uma coisa: na Inglaterra, as pessoas são julgadas pela<br />
lei inglesa; na Alemanha, são julgadas pela lei alemã; diante <strong>de</strong> Deus,<br />
seremos julgados pela lei divina. Espero <strong>que</strong> nunca tenhas transgredido<br />
uma só <strong>de</strong>ssas leis — <strong>de</strong> contrário, não te restará qual<strong>que</strong>r esperança.<br />
A<strong>de</strong>us!» «Espere um momento!»—exclamou o jovem—«Deus não<br />
é assim tão mesquinho!» «Ah! Então, como é <strong>que</strong> achas <strong>que</strong> é o Deus<br />
santo?» — perguntei eu — «Imaginemos <strong>por</strong> um momento <strong>que</strong>,<br />
<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> viver honestamente durante cin<strong>que</strong>nta anos, um dia eu<br />
cometo um pe<strong>que</strong>no roubo, num espaço <strong>de</strong> três minutos, no máximo.<br />
O caso acaba <strong>por</strong> ser <strong>de</strong>scoberto e é levado a tribunal. Durante a<br />
audiência, eu digo ao juiz: "Senhor Juiz, não seja tão rigoroso. Três<br />
minutos <strong>de</strong> roubo são bem compensados <strong>por</strong> meta<strong>de</strong> dum século <strong>de</strong><br />
honestida<strong>de</strong>. Quem po<strong>de</strong>ria ser tão escrupuloso <strong>que</strong> me castigasse <strong>por</strong><br />
tão pouco?" Sabes o <strong>que</strong> acontecia? O juiz iria respon<strong>de</strong>r: "Um<br />
momento! A minha responsabilida<strong>de</strong> aqui não são os seus cin<strong>que</strong>nta<br />
anos <strong>de</strong> honestida<strong>de</strong>, mas sim os três minutos <strong>que</strong> passou a cometer<br />
esse roubo. A lei está a julgá-lo <strong>por</strong> esse crime específico". Se um<br />
juiz terreno reagia <strong>de</strong>sse modo, <strong>por</strong> <strong>que</strong> é <strong>que</strong> Deus não faria<br />
o mesmo?»