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O Efeito da Manutenção e das Condições Operacionais no ...

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Resultados e discussão 99<br />

a acumular lodo <strong>no</strong> reator e elevando a DQO <strong>no</strong> mês de agosto e diminuindo a relação F/M<br />

para 0,4. A eficiência do tratamento anaeróbio, que deve possuir <strong>no</strong> mínimo 75%, ficou em<br />

tor<strong>no</strong> de 50 a 60%, com algumas que<strong>da</strong>s bruscas (7% de eficiência) devido aos fatores<br />

operacionais supracitados.<br />

Em um estudo realizado por Ramos (2008) em reatores anaeróbios sem descarte de lodo<br />

programado, foi observado que a eficiência de remoção média de DQO foi na ordem de 69%,<br />

verificando a necessi<strong>da</strong>de de um tratamento complementar para remover a parcela<br />

remanescente de matéria orgânica. Versiani et al. (2005) também avaliaram o desempenho de<br />

reatores submetidos a diferentes condições operacionais e obtiveram resultados semelhantes,<br />

verificando que a eficiência foi satisfatória, mesmo sem descarte de lodo, com remoções<br />

superiores a 64%.<br />

A Sanepar atribui para a DQO um valor limite de 225 mg/L em seu esgoto tratado, ou seja, os<br />

meses de maio, junho e agosto apresentaram amostras com valores superiores ao desejado<br />

pela empresa. Além disso, pode-se verificar que em quase to<strong>da</strong>s as coletas as concentrações<br />

de DQO <strong>da</strong>s uni<strong>da</strong>des amostrais do ponto 4 apresentaram-se acima do máximo permitido para<br />

lançamento de efluentes determinado pela Portaria do IAP, que é de 150 mg/L (ORSSATTO,<br />

2009). Isso mostra que a eficiência, que variava de 70 a 90% do tratamento completo, não<br />

estava sendo suficiente para manter as concentrações de DQO dentro dos padrões exigidos<br />

pelo órgão fiscalizador do Paraná.<br />

As eleva<strong>da</strong>s concentrações <strong>da</strong>s amostras do ponto 4 (máxima de 326 mg/L) são justifica<strong>da</strong>s<br />

aparentemente pela eleva<strong>da</strong> i<strong>da</strong>de do lodo nas uni<strong>da</strong>des de pós-tratamento. O bloqueio <strong>da</strong><br />

passagem do esgoto pelo filtro biológico fez com que o líquido escoasse com maior<br />

veloci<strong>da</strong>de para os decantadores secundários. Com isso, houve o arraste do excesso do lodo<br />

presente <strong>no</strong>s RALFs para os decantadores, prejudicando até mesmo seus mecanismos de<br />

raspagem de lodo. As bombas de recirculação do lodo para os reatores também apresentaram<br />

falhas, consequentemente o lodo acumulou-se nas uni<strong>da</strong>des finais de tratamento, fazendo com<br />

que o esgoto lançado <strong>no</strong> corpo receptor apresentasse uma quali<strong>da</strong>de inferior à permiti<strong>da</strong>.<br />

6.1.2.8 Relação DBO5/DQO<br />

A variação <strong>da</strong> relação DBO5/DQO <strong>no</strong>s pontos de coleta de esgoto <strong>da</strong> ETE 2 pode ser<br />

visualiza<strong>da</strong> na Figura 6.13 e Tabela 6.6.<br />

As relações entre parâmetros, principalmente a relação DBO5/DQO, contribuem para melhor<br />

entendimento de um sistema de tratamento. Esta razão é <strong>no</strong>rmalmente utiliza<strong>da</strong> na escolha do

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