O Efeito da Manutenção e das Condições Operacionais no ...
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Resultados e discussão 96<br />
Na 4ª semana de março, a DBO5 <strong>no</strong> ponto 2 foi superior ao detectado <strong>no</strong> ponto anterior, pois<br />
durante as coletas ocorreu a recirculação do lodo dos decantadores secundários à saí<strong>da</strong> do<br />
desarenador. Na 4ª semana de abril também ocorreu recirculação do lodo, fazendo com que os<br />
valores de DBO5 <strong>da</strong>s amostras do ponto 2 fossem superiores os valores <strong>da</strong>s amostras do ponto<br />
1. No entanto, esta semana apresentou as me<strong>no</strong>res concentrações de DBO5 em todos os<br />
pontos. Isto ocorreu devido grande parte <strong>da</strong> coleta ter ocorrido <strong>no</strong> período <strong>da</strong> manhã e ter sido<br />
um feriado nacional, não havendo altas vazões e entra<strong>da</strong> de altas cargas orgânicas (1.148 kg<br />
DBO5/dia).<br />
Com relação ao ponto 3, a concentração <strong>da</strong>s as amostras apresentaram uma variação de 52% e<br />
os maiores valores foram encontrados nas amostras <strong>da</strong>s duas primeiras semanas de maio (344<br />
e 227 mg/L) e na 3ª semana de junho (186 mg/L), respectivamente. Observou-se que <strong>no</strong>s dois<br />
primeiros meses não houve grandes concentrações de DBO5 nas amostras do ponto 3, porém<br />
<strong>no</strong> início de maio a concentração se elevou devido ao aumento do manto de lodo <strong>no</strong> interior<br />
dos RALFs. Segundo a Sanepar (2005e) quando não há limpeza dos RALFs, materiais inertes<br />
como areia fina, plásticos, trapos e cabelos provocam a retenção e crescimento do manto de<br />
lodo com o passar do tempo. Além disso, reduzem o volume útil dos reatores, prejudicando a<br />
quali<strong>da</strong>de do esgoto.<br />
A centrífuga estava desativa<strong>da</strong> desde o início do monitoramento não removendo o lodo<br />
anaeróbio excedente dos RALFs e diminuindo a relação F/M <strong>no</strong> mesmo em função <strong>da</strong><br />
ausência de seu descarte. Com isso, <strong>no</strong>s horários de vazões altas, o manto de lodo se deslocou<br />
juntamente com o líquido, elevando a concentração de DBO5 do esgoto. Com o passar <strong>da</strong>s<br />
semanas, a concentração foi decrescendo até atingir a faixa de oscilação dos primeiros meses<br />
do período amostral. Devido a estes problemas, a eficiência média do tratamento anaeróbio<br />
diminuiu de 60% para 38% e nas outras coletas a eficiência foi se elevando, porém com<br />
maiores oscilações.<br />
Avaliando o desempenho do reator UASB <strong>da</strong> ETE Lages de Apareci<strong>da</strong> de Goiânia/GO<br />
durante cerca de 6 meses, Vieira et al. (2005) verificaram que a uni<strong>da</strong>de não apresentara<br />
qualquer a<strong>no</strong>rmali<strong>da</strong>de, obtendo desempenho satisfatório com remoções médias de 65% para<br />
DBO5. Já Santos et. al. (2007) obtiveram uma eficiência média de 70%. No projeto <strong>da</strong> ETE 2<br />
a eficiência espera<strong>da</strong> dos RALFs é de 80%, porém o monitoramento mostrou que o<br />
desempenho do reator está abaixo do desejado, ficando próximo <strong>da</strong> eficiência encontra<strong>da</strong><br />
pelos autores supracitados.