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O Efeito da Manutenção e das Condições Operacionais no ...

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Revisão teórica 59<br />

3.7 CONFIABILIDADE DOS TRATAMENTOS DE ESGOTO<br />

A confiabili<strong>da</strong>de de um sistema pode ser defini<strong>da</strong> como a probabili<strong>da</strong>de de se conseguir um<br />

desempenho adequado por um período específico de tempo, sob determina<strong>da</strong>s condições. Em<br />

termos de desempenho de uma ETE, a confiabili<strong>da</strong>de pode ser entendi<strong>da</strong> como a porcentagem<br />

de tempo em que se conseguem as concentrações espera<strong>da</strong>s <strong>no</strong> efluente para cumprir com os<br />

padrões de lançamento. Assim, uma ETE será confiável se não houver violação dos limites<br />

preconizados pelas legislações ambientais (OLIVEIRA; VON SPERLING, 2007).<br />

De acordo com Eisenberg et al. (2001), a confiabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s ETEs está relaciona<strong>da</strong> a dois<br />

aspectos: a confiabili<strong>da</strong>de mecânica e a confiabili<strong>da</strong>de do processo operar em condições<br />

satisfatórias. A confiabili<strong>da</strong>de mecânica é determina<strong>da</strong>, inicialmente, com a identificação dos<br />

componentes mecânicos <strong>da</strong> planta, cujas falhas podem comprometer a quali<strong>da</strong>de do efluente<br />

final e, em segui<strong>da</strong>, determina-se a probabili<strong>da</strong>de de falhas desses componentes. A<br />

confiabili<strong>da</strong>de do processo pode ser caracteriza<strong>da</strong> pela estimativa <strong>da</strong>s distribuições de<br />

probabili<strong>da</strong>des acumula<strong>da</strong>s, relativas a um contaminante específico, em ca<strong>da</strong> etapa do<br />

processo de tratamento.<br />

Um estudo efetuado por Niku et al. (1979), avaliou a confiabili<strong>da</strong>de de processos de lodos<br />

ativados, analisando 43 estações de tratamento em operação <strong>no</strong>s Estados Unidos. Foi<br />

desenvolvido um coeficiente de confiabili<strong>da</strong>de, onde a concentração média do constituinte<br />

(valor de projeto) se relaciona aos valores limites a serem cumpridos em uma análise de<br />

probabili<strong>da</strong>de. A partir do modelo de confiabili<strong>da</strong>de obtido, os autores concluíram que é<br />

possível a utilização <strong>da</strong> distribuição log<strong>no</strong>rmal para predizer tanto a quali<strong>da</strong>de do efluente em<br />

termos de concentrações de DBO e SST quanto à confiabili<strong>da</strong>de e ao desempenho de estações<br />

de tratamento de esgotos.<br />

Outro trabalho realizado por Niku et al. (1981) desenvolveu métodos e procedimentos para a<br />

introdução de conceitos de estabili<strong>da</strong>de e confiabili<strong>da</strong>de na operação e projeto de estações de<br />

tratamento de esgotos. Nesse estudo, a estabili<strong>da</strong>de foi defini<strong>da</strong> como a capaci<strong>da</strong>de de ajuste a<br />

uma referência ou <strong>no</strong>rma e o valor utilizado para análise foi a concentração média anual do<br />

constituinte. As variações diárias foram compara<strong>da</strong>s à média anual e o desvio padrão foi<br />

considerado como o melhor indicador de estabili<strong>da</strong>de. A conclusão obti<strong>da</strong> foi que, para atingir<br />

o mesmo nível de estabili<strong>da</strong>de para ambos, as ETEs devem ser projeta<strong>da</strong>s para produzir<br />

concentrações efluentes de SS me<strong>no</strong>res que as de DBO efluente.

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